Deixar as decisões importantes para depois prejudica a vida pessoal e profissional
Por Luiz Carlos Cabrera
Tenho observado um comportamento nos jovens profissionais que muito
me preocupa. Trata-se do ato de procrastinar, verbo definido pelo
dicionário Aurélio como “transferir para outro dia, adiar, delongar”. No
jargão popular, procrastinar é o velho “empurrar com a barriga”.
É
muito comum que os jovens deixem para depois uma série de decisões
sobre suas vidas pessoais e suas carreiras. Parece haver uma enorme
dificuldade em lidar com questões, enfrentar conflitos e encerrar
ciclos. Conheço muitas pessoas que adiam decisões importantíssimas, como
sair da casa dos pais, casar, ter filhos ou deixar uma empresa.
Decisões que deveriam ter sido tomadas há muito tempo. Por quê? O que
falta aos jovens talentos para que possam tomar suas decisões?
A
primeira reação é culpar a conjuntura. Será? A segunda reação é culpar a
dificuldade que os jovens têm de fazer um bom diagnóstico. Será? A
terceira reação é culpar os pais dessa nova geração, como faz o grande
educador Bernardo Toro que costuma dizer que esse problema deriva de um
excesso de protecionismo dos pais, que mantém os filhos distantes da
realidade e assumem eles mesmos as decisões que deveriam ser tomadas
pelos jovens. Será?
A verdade é que há um
contrassenso nesse assunto. Os executivos costumam decidir rapidamente
quando se tratam de problemas práticos do trabalho, mas derrapam no
plano mais pessoal. Há um conjunto de decisões que são procrastinadas,
como investir no aprendizado de uma língua estrangeira, terminar um
relacionamento que se arrasta, ter uma discussão ampla sobre o seu
futuro com o seu chefe, falar sobre sua insatisfação com sua
remuneração... Tudo se arrasta na esperança de que o tempo resolva. Mas o
tempo não resolve.
Isso apenas drena a
energia, prejudica o foco e impede que os profissionais assumam novos
desafios. O ato corajoso de se conhecer melhor para saber quais
problemas precisam ser resolvidos previne a síndrome da procrastinação e
evita que a sua saúde e seu desempenho sejam afetados. Não empurre para
frente. Enfrente seus medos, seus fantasmas e feche seus ciclos. Você
será uma pessoa melhor, mais feliz, mais produtiva e mais útil para a
sociedade. E a nossa sociedade está precisando – e muito – de todas as
competências disponíveis.
Fonte:http://vocesa.uol.com.br/noticias/carreira/a-sindrome-da-procrastinacao.phtml#.Vpo5Q0-bEjd
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