Administre sua carreira

Gestão Da Carreira

O profissional que assume o compromisso de gerenciar sua própria carreira, desde quando inicia no mercado de trabalho, se diferencia dos demais pela maturidade e pela consciência dos próximos passos a seguir, a partir de uma análise criteriosa de contexto, de projeto de vida e de perspectiva de futuro.
 
Com o passar dos anos, o profissional vai acumulando aprendizagens que passam a funcionar como critérios norteadores do processo decisório referente aos ciclos de trabalho a cumprir na dinâmica do mercado competitivo.

Esses ciclos de trabalho, que envolvem períodos de picos, marcados pela intensidade e pela velocidade das entregas e períodos de vales, caracterizados pela solução de continuidade e pela manutenção do status quo, contribuem para desenvolver e fortalecer as competências que resultam em empregabilidade.

Ao longo da trajetória profissional, algumas vezes, surge à reflexão sobre se é momento de trilhar novos caminhos ou não. Esse momento de reflexão, muitas vezes está relacionado ao contexto vivido pelo profissional em seus variados aspectos, tendo como fio condutor decisório a busca da realização e a busca do atendimento de suas necessidades prioritárias.

Uma das armadilhas a serem evitadas pelo profissional, no que diz respeito ao tema gestão de carreira, é a de atribuir responsabilidade dessa gestão a alguém ou a organização, o remetendo ao papel de vítima ou refém injustiçado por circunstâncias externas, fora de sua de controle. Mesmo que o contexto não seja favorável, o profissional maduro faz a leitura do ambiente e se posiciona como gestor de sua própria carreira, decidindo quanto aos próximos passos.

Uma vez que o profissional perceba que se encontra numa situação de dúvida ou incerteza quanto aos próximos passos em sua trajetória profissional, recomenda-se que recorra a um profissional qualificado, a exemplo de um coach de carreira, para que o ajude no processo de autorreflexão e decisão.

Ao assumir o compromisso pessoal da gestão de sua carreira, o profissional consegue sustentar em alta a sua motivação, mesmo em períodos de vale, onde ocorre uma desaceleração no ritmo de trabalho e onde mantém uma rotina pautada em baixa a moderada variação na sistemática de trabalho. 

Neste caso, o profissional aproveita esse período para intensificar seu autodesenvolvimento, para produzir trabalho intelectual, para compartilhar experiências, para suprir lacunas de conhecimentos em prol de se manter motivado e de galgar novas oportunidades considerando uma perspectiva de futura. 

Essa postura faz toda a diferença, pois o profissional se posiciona como autor e protagonista de sua própria história, sem ocupar a posição de observador e de crítico comentarista.

Fonte:  http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/gesto-da-carreira/

Gestão de carreira

Gestão de carreira

A carreira se difere de emprego, sendo que, carreira é um processo que leva tempo para se compor, tendo que observar uma série de fatores, fazer planejamento, ter dedicação no projeto, se adequar ao máximo aos pilares da empregabilidade. Atualmente, há uma certa facilidade na decisão de qual profissão seguir, haja vista que existem várias ferramentas de pesquisa que auxiliam em tal decisão

1.0 Diferença Entre Emprego e Carreira

Ao se falar sobre carreira, faz-se necessário diferenciá-la de emprego. Apesar de parecerem sinônimos, são atividades distintas.

Emprego é uma atividade profissional que gera recursos financeiros a cada período de tempo. Carreira é um conjunto de decisões que o empregado toma ao longo de sua vida profissional, isto é, o emprego trata de atividades presentes, e carreira se contrasta por ser uma série de ações tomadas com vistas no futuro.

O emprego depende, prioritariamente, das decisões da empresa e carreira se forma através das decisões pessoais. Tem-se que emprego é uma situação temporária, subordinada à obediência das ordens da instituição que se trabalha; a carreira só é amadurecida ao passo que as decisões e ações são de cunho à ascensão pessoal, ou seja, a carreira é uma preparação contínua para o próximo emprego.

Carreira concatena à ideia de empregabilidade – capacidade de adequação do profissional às novas tendências do mercado. Também trata sobre a capacidade de o empregado trabalhador passar imune ou, ao menos, possuir ferramentas necessárias a solucionar os problemas e os riscos que venham surgir frente à carreira ou inerentes ao mercado de trabalho.

1.1 Empregabilidade

Empregabilidade é um termo que foi criado na década de 90 por José Augusto Minarelli, e estabelece 6 pilares que garantem a segurança profissional do indivíduo:

1 – Adequação da profissão à vocação – o profissional que trabalha com o que gosta;

2 – Competências – preparo técnico e habilidades;

3 – Idoneidade – trata os parâmetros éticos e responsabilidades individuais;

4 – Saúde física e mental – corpo e mente saudáveis faz a pessoa desenvolver melhor suas atividades;

5 – Reserva financeira e fontes alternativas de aquisição de renda – defesa à possibilidades de necessidade de recursos financeiros;

6 – Relacionamentos – também chamado de networking, onde, através dessa rede que surgem muitas oportunidades profissionais.

2.0 Planejamento da Carreira

A carreira não é formada em um curto período de tempo, é um processo longo e, portanto, deve-se haver um prévio planejamento, definição de metas, compromissos, enfim, com tantas premissas, gerir a carreira, por não se tratar de uma tarefa fácil, o planejamento é essencial.

2.1 Planejamento

Planejar a vida estrategicamente não envolve somente a criação de estratégias para a realização de metas específicas. A simples aplicação de técnicas isoladas, desvinculadas de um processo de autoconhecimento, ou com um fim específico, tem se demonstrado ineficaz.

As mais recentes pesquisas na área de comportamento humano concluíram que o processo de desenvolvimento não ocorre isoladamente, mesmo de uma habilidade específica. É estar atento ao todo, para que a pequena parte em questão se desenvolva adequadamente. 

O simples fato de se estar mudando uma pequena parte em si mesmo já afeta o todo de alguma forma. É o equilíbrio natural da vida, se dermos atenção demais a uma determinada parte em detrimento das outras, o desequilíbrio se fará notar em algum ponto. (CHRISTY, 2002, p.20.).

Planejamento é o ato de definir metas para se alcançar um objetivo, projetar um trabalho. Segundo Chiavenato (2003), o ato de planejar se dá em seis passos:

·  1 – Definir os objetivos;
·  2 – Verificar qual é a situação atual em relação aos objetivos;
·  3 – Desenvolver premissas relativas às condições;
·  4 – Analisar as alternativas de ação;
·  5 – Escolher a melhor entre as várias alternativas;
·  6 – Implementar o plano e avaliar os resultados.

Esses seis passos podem ser compactados e traduzidos em uma ferramenta com 4 passos: Plan, Do, Control, Action, o conhecido ciclo PDCA, porém, Chiavenato é mais detalhista ao definir o processo de planejamento.

2.2 Ciclo PDCA

O ciclo PDCA traduz-se da seguinte forma:

·  P- plan – planejamento, definição de metas e formas de para alcançá-las;
·  D – do – fazer, é a execução dos planos;
·  C – control – controle, análise das metas já executadas;
·  A – action – ação, ou atuação sobre os resultados alcançados.

2.3 Montagem de um Projeto

Como, para se obter sucesso em qualquer coisa que se faça, e, carreira não se constrói sem prévio planejamento, é necessário que, a princípio, a pessoa saiba adequar seu talento, aptidão e sua profissão seja uma em que o profissional se sente bem. Sem esses requisitos é impossível construir uma carreira sólida.

De certa maneira, as premissas citadas no parágrafo anterior pode acontecer naturalmente se o trabalhador não pensar apenas na remuneração percebida por cada trabalho que realizar. 

Preparo para continuar ou evoluir em um cargo é fundamental, para tanto, o estudo deve ser praticamente contínuo, e, o conhecimento não é adquirido apenas com cursos, as experiências práticas contam muito, em alguns casos pesam mais que uma certificação ou um diploma. 

Com vistas em adquirir maiores recursos para evoluir em uma empresa, ou mesmo evoluir como profissional e ser reconhecido por isso, mais uma vez deve-se frisar a importância de se planejar como, quando, onde e por que realizar tal “especialização”. E, conciliar trabalho e estudo nem sempre é tarefa fácil, e sendo essencial para a profissão, um planejamento bem feito se torna um dever sem o qual corre-se o risco de perder tempo e recursos.

Em resumo, definido onde se quer chegar, o planejamento pode ser feito respondendo os seguintes questionamentos:

·  - O que? (O que se quer fazer, definição do objetivo);

·  - Por quê? (Essa pergunta traz a resposta que define se realmente é necessário passar por todas as etapas para se chegar ao objetivo, é como se fosse uma validação do objetivo);

·  - Como? (Como fazer, definição e análise dos recursos e presente situação, é a distância entre a presente situação e o objetivo);

·  - Quando? (Momento em que se vai começar a realizar as etapas para chegar ao objetivo – também pode ser uma previsão de quanto tempo será gasto para chegar ao objetivo);

·  - Quanto? (Saber o quanto será gasto define se o objetivo é palpável, sem essa “previsão”, pode-se gastar mais que o necessário, ou mesmo, haver falta de recursos na execução do projeto limitando o objetivo, ou mesmo o tornando inalcançável);

·  - Quais recursos? (Essa pergunta serve como complemento da pergunta anterior, através da qual se é definido os recursos que se tem e o que vai ser necessário adquirir para a execução do projeto).

2.4 Elementos de um Projeto

Não basta apenas ter um bom planejamento ou um projeto bem elaborado e estruturado para se alcançar a meta. É preciso seguir alguns elementos para se chegar à eficácia (White, 2008):

·  - Projeto documentado – um planejamento que está documentado (em papel) passa a ter maior valor e o executor passa a dar maior relevância ao projeto.

·  - Dedicação – no projeto que se há dedicação tende a ser completado com sucesso;

·  - Assertividade – análise do projeto, se foram incluídos premissas realmente relevantes e essenciais para a execução de cada meta – são medidas de assertividade que evitam a realização de metas errôneas;

·  - Prazos – a existência de prazos torna o projeto com tempo certo para a execução de cada meta, de certa maneira, faz com que o executor se torne mais dedicado, e, a cada prazo cumprido, o projeto tem a visualização de mais próximo de se alcançar o objetivo;

·  - Organização – atividades realizadas com organização tornam-se mais fáceis de serem executadas;

·  - Obstáculos – a previsão de obstáculos nem sempre é tarefa fácil, mas, é de suma importância, pois, na execução de projetos, algumas coisas inesperadas podem acontecer, e, se há uma reserva de recursos para driblar tais empecilhos, o projeto tem maior probabilidade de ser encerrado com eficácia;

·  - Recursos – como já frisado anteriormente, os recursos são os pilares da execução de um projeto;

·  - Avaliação – a cada passo dado ou alcançado, pode-se realizar uma avaliação para saber se o projeto está sendo encaminhado para o caminho certo, e, nesta etapa, visualiza-se quais são as medidas ou etapas que devem ser substituídas ou mantidas (medidas de assertividade);

3.0 Ferramentas de Pesquisa

Como primeiro passo para a definição de que profissão seguir, existem várias ferramentas de pesquisa. Antes de ser abordada tais ferramentas, cabe-se a citação das fases da carreira para que haja a interação desses meios de pesquisa.

A carreira, segundo alguns estudiosos, passa por fases como um ser vivo: nasce, cresce, amadurece e se perpetua (Farias, 2005).

O nascimento da carreira se inicia com muita informação, formação e conhecimentos úteis relativos à vida profissional. Passa-se para a fase seguinte se haver alimentação e dedicação tanto no ambiente profissional quanto na vida pessoal, onde se deve atentar que na vida pessoal, a pessoa deve manter hábitos saudáveis e lembrar que mesmo longe do ambiente de trabalho a profissão ou emprego está sendo “avaliado”, ou seja, as atitudes em ambiente divergente ao do trabalho influenciam no emprego, o qual há chefes que não querem manter na empresa pessoas que não possuem boa índole.

A fase onde há o crescimento da carreira é o aperfeiçoamento da profissão, onde não se deve deixar de gerar conhecimento à cerca da profissão e a capacidade e a competência é analisada praticamente o tempo integral.

Na fase do amadurecimento, o profissional já é reconhecido por suas competências e o cuidado maior que se deve ter são com os hábitos pessoais, onde se deve levar uma vida saudável a sério.

A perpetuação da carreira é quando o profissional passa adiante os conhecimentos adquiridos durante a carreira.

Ao fim da citação das fases da carreira, cabe a indicação das ferramentas de pesquisa para as profissões, onde, a carreira e a fase em que se encontra influencia na escolha do local de trabalho. Geralmente, ao iniciar a carreira, o profissional é escolhido pela empresa, e, nas fases seguintes, pode escolher se aceita ou não a empresa em que vai trabalhar.

Na internet existem sítios que mostram pesquisas sobre as carreiras. Recentemente foi realizada uma pesquisa informando as melhores e piores profissões para o ano de 2013, onde o site careercast.com, com a matéria “Jobs Rated 2013: Ranking 200 Jobs From Best To Worst” indica 200 profissões e enumera as melhores profissões.

Ainda, a Fundação Getúlio Vargas, junto com dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística desenvolveu vários índices que auxiliam na análise da situação atual do profissional.

O Índice-Você “mensura o potencial de crescimento de um profissional, analisando-o a partir dos dados coletados pela PNAD, a pesquisa do IBGE que melhor retrata a realidade sócioeconômica brasileira.

A metodologia do índice utiliza uma amostra segmentada que considera as características das populações entre 25 e 45 anos, que possuam Internet residencial e, pelo menos, a graduação completa, normalizando seus resultados entre 0 e 1.000 pontos.”

O Índice Você na Universidade também é uma ferramenta que aponta à pessoa (através dos microdados obtidos pelo IBGE em 2010) a situação de uma pessoa formada – o índice mostra várias formações – com relação ao salário médio, jornada de trabalho semanal, taxa de ocupação e cobertura previdenciária.

Além dessas ferramentas é possível encontrar outras maneiras de obter dados sobre profissões ou empresas para se consolidar como trabalhador. A revista Exame e a Você/SA, além de outros periódicos, publicam anualmente através do Índice de Felicidade no Trabalho (que aponta a felicidade no ambiente de trabalho dos empregados) as melhores empresas para se trabalhar.

Eis algumas ferramentas úteis, e de fácil acesso para se tomar a difícil decisão de qual profissão seguir (sem olvidar a competência e aptidão pessoal), e onde se pode consolidar a carreira. Além dessas ferramentas, a pesquisa pessoal sobre a empresa que se pretende entrar através de questionamentos aos próprios funcionários é de suma importância, pois assim se tem uma real visão do ambiente de trabalho, onde se obtém a informação de perspectiva de crescimento profissional dentro daquela empresa.

4.0 Perfil Profissional Atual

Antigamente, havia uma abundância de empregos. Analisando a Revolução Industrial, onde os trabalhadores foram substituídos por máquinas, pode-se dizer que desde então o emprego se tornou mais difícil de se conseguir. 

E o presente é marcado não somente pela utilização de máquinas industriais que precisavam de operadores que nem precisavam muito de conhecimento, mas, nessa era tecnológica, a operação exige um conhecimento mais elevado, o que faz o descarte de um número considerável de pessoas. Gente que não busca aperfeiçoamento.

Apesar de políticas públicas serem adotadas para a maximização da oferta de emprego, a demanda não satisfaz plenamente a procura. E, por haver a possibilidade dos trabalhos humanos serem desenvolvidos “pelas” tecnologias, o cenário atual exige que a pessoa tenha preparo e informação, dedicação constante perante o conhecimento de novas tecnologias que chegam diariamente em grande número ao mercado.

O profissional que quer construir a carreira deve se atentar às tantas novidades que compõem a atualidade. E, também, não basta ter (apenas) conhecimentos sobre a área da carreira escolhida. Como hoje em dia o mundo está todo conectado, e o mercado profissional está interligando toda e qualquer profissão, estar atualizado é requisito fundamental para uma melhor gestão da carreira.

O mundo está globalizado, fazer parte dessa globalização não torna o mantimento da carreira algo simples, mas, através de empenho, organização e planejamento, é possível se tornar um profissional renomado.

A cada período que se passa, surge muitas profissões, formações, enfim, uma profissão que hoje pode estar em falta, em um futuro não tão distante, pode estar contando com profissionais em excesso.

A Revista Exame, em dezembro de 2012, lista 30 profissões que estão em alta no mercado de trabalho para o ano de 2013, dentre as quais, as engenharias e profissões especialistas em combustíveis se fazem as melhores para trabalhar no Brasil.

Segundo uma reportagem do sítio administradores.com, houve uma pesquisa feita pelo Grupo Catho, onde se expõe:

Uma pequena amostra das exigências atuais de avaliação no exame de seleção profissional é o resultado de uma das pesquisas feitas pelo Grupo Catho, com 13.600 profissionais disponíveis no mercado de trabalho. O levantamento mostrou que 30,10% dos trabalhadores brasileiros foram demitidos por não apresentarem os resultados desejados pela empresa. 

Uma das pesquisas do Grupo Catho verificou que grande parte das demissões acontece por falta de visão sistêmica, ou seja, o profissional não apresenta a capacidade de olhar o departamento que administra como parte de um grande negócio chamado empresa, e a habilidade de saber lidar com todos os demais departamentos. Isso significa que as empresas estão cada vez mais exigentes na seleção dos empregados. 

Em alguns casos, a pesquisa mostra que os profissionais não sabem expor suas idéias [sic] ou não apresentam iniciativa de fazer o que precisa ser feito, alguns outros não demonstram comprometimento e outros ainda não têm maturidade. Hoje em dia, o nível de exigência das organizações é muito alto. Nas multinacionais, por exemplo, um supervisor tem que ser formado em engenharia, ter treinamento na área de qualidade, noções de ISO 9000 e, para completar, possuir MBA (Máster of Business in Administration).

Por fim, é cabível ressaltar que o profissional atual deve se atualizar, dedicar-se a obter conhecimentos relevantes à profissão, saber planejar e gerir a carreira a cada momento.

Fonte: (http://www.administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/gestao-carreira-profissional-ideal-para-o-mercado-atual/10862/) Acesso em: 26/04/2013

Fonte: https://www.administradores.com.br/artigos/academico/gestao-de-carreira/70938/

 

Gestão de carreira para 2018



Criar plano pessoal é importante para desenvolver carreira

Criar um plano baseado no propósito de vida é uma atitude importante para o desenvolvimento da carreira, mas nem todos pensam sobre isso



O historiador Francisco Carlos Teixeira faz uma análise histórica interessante das principais crises brasileiras, tema sobre o qual tratou no Fórum de Presidentes da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) deste ano.

Na palestra, ele falou da crise de 1830 a 1840, quando dom Pedro I se mandou para Portugal e deixou o país nas mãos de seu filho de 14 anos, dom Pedro II, e de seus tutores. Quase o país implode com a proclamação de pelo menos cinco repúblicas, uma em cada estado. A segunda grande crise veio com a morte de Getúlio Vargas, quando, num período de dois anos, o Brasil teve três presidentes antes de eleger Juscelino Kubitschek.

Como saímos dessas crises imensas? Com um plano estratégico que mantinha o foco no interesse comum da nação, formulado por um grupo de líderes que conduziram esse processo pensando num resultado coletivo. E esse é nosso problema hoje: não há um plano que reúna o interesse comum nem líderes para executá-lo.

Essa reflexão macro nos ajuda a pensar sobre nós mesmos. Será que você está seguindo como o Brasil, sem ter um plano estratégico para sua carreira? Será que consegue responder rapidamente às perguntas: “O que você quer para sua vida?” e “Qual seu propósito?” Se não conseguir, é hora de desenhar uma proposta.

Propósito significa fazer uma reflexão profunda sobre o que move você, sobre o que o estimula a acordar mais cedo e a se dedicar com mais afinco. Não me assustaria se, hoje, você dissesse que seu propósito é ganhar dinheiro para sobreviver à crise. Sim, essa é a vida real. Mas não fique preso a isso.

Se você parar de terceirizar suas decisões de carreira e cuidar delas com mais dedicação, seu propósito vai evoluir para estágios superiores ao da sobrevivência e terá vontade de ajudar o país, de escolher trabalhar numa empresa não pelo salário mas pelos valores e para influenciar a comunidade.

Quando você começa a pensar sobre a carreira no médio e no longo prazo, está se transformando num líder de verdade, pois assume o controle de seu desenvolvimento e se sente seguro de seus objetivos e de suas competências — as boas e as habilidades que ainda precisam ser lapidadas.

Fonte: https://exame.abril.com.br/carreira/criar-plano-pessoal-e-importante-para-desenvolver-carreira/

Atualize seu currículo e aumente as oportunidades

O modelo de currículo ideal para quem tem pouca experiência

O que incluir em “experiências profissionais” se você não tem (quase) nenhuma? 

Por Claudia Gasparini


São Paulo — Muito bem, você é jovem e está diante de uma página em branco que precisa se transformar em um currículo.

A dúvida virá mais cedo ou mais tarde: o que incluir na seção “experiências profissionais” se você não tem (quase) nenhuma? E como evitar a tentação de preencher espaço com detalhes desnecessários sobre o único estágio que você fez na vida?

Esse tipo de preocupação é natural e extremamente comum entre profissionais em início de carreira, afirma Luís Abdalla, diretor da empresa Seja Trainee.


Após escutar experiências e analisar currículos de pessoas entre 18 e 28 anos, ele percebeu um padrão comum de comportamento. “A maioria não reconhece suas vivências iniciais como úteis para o mercado de trabalho”, explica. “Com isso, acabam omitindo conteúdos interessantes dos próprios CVs”.

Abdalla diz que o jovem precisa abrir a cabeça na hora de montar seu “cartão de visitas” para o recrutador. “Qualquer experiência bem vivida pode trazer desenvolvimento e evolução e, se esse for o caso, pode aparecer no currículo”, diz ele.

Ao contrário do que muita gente pensa, mencionar um “bico” como vendedor em uma loja durante a semana do Natal, por exemplo, é válido sim. Desde que você tenha aprendido algo com uma experiência, ela é bem-vinda no documento. 

Para Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, há diversas formas de exibir o seu potencial em um currículo apesar da falta de experiências profissionais. Uma delas é falar sobre trabalhos voluntários, por exemplo. 

“Quem trabalha com voluntariado muitas vezes aprende a ser um ‘faz-tudo’, porque precisa se envolver em múltiplas frentes de trabalho”, afirma. “As empresas hoje valorizam essa versatilidade e desejam pessoas capazes de se dedicar a uma causa em que realmente acreditam”. 

Outra forma de chamar a atenção do mercado apesar da sua inexperiência é apostar na sua própria educação. Ao investir em aulas, palestras, oficinas e quaisquer outras formas de qualificação, você passa o recado de que não fica parado e está interessado em progredir na profissão que escolheu. 

Esse tipo de “recheio” será muito bem-vindo em seções do currículo como “Cursos complementares” e “Idiomas e informática”.

Também vale falar sobre projetos acadêmicos feitos na faculdade. Mesmo que você não tenha feito iniciação científica, diz Mavichian, é interessante mencionar trabalhos que exigiram grandes doses de dedicação e competências como liderança e resiliência.

Para não deixar nada de interessante de fora do seu currículo, a dica principal é fazer uma reflexão profunda sobre quais foram as vivências mais marcantes da sua vida até agora. 

Pouco importa se aconteceram na faculdade, numa ONG, no seu bairro ou mesmo na sua vida pessoal. “Pense em três ou quatro projetos que guiam a sua vida, e procure contar no seu currículo o que você fez até agora para alcançá-los”, orienta Abdalla.

Confira a seguir um modelo de currículo perfeito para quem tem pouca experiência, elaborado com base nas contribuições de Abdalla e Mavichian. 

Fonte:  https://exame.abril.com.br/carreira/o-modelo-de-curriculo-ideal-para-quem-tem-pouca-experiencia/