É o que sugere o livro A Força dos Quietos, recém-lançado no Brasil
Nesse mundo competitivo e barulhento, ficar quieto pode ser uma arma poderosa. Estudos e livros recentes (entre eles, O Poder dos Quietos e Real Influence: Persuade Without Pushing and Gain Without Giving In)
defendem a capacidade de ouvir – às vezes mais do que a de falar – como
uma das mais importantes atitudes quando se pretende influenciar os
outros com suas ideias.
No livro A Força dos Quietos, recém-lançado no Brasil pela
editora Gente (originalmente publicado, nos Estados Unidos, em 2009), a
coach e Ph.D Jennifer Kahnweiler apresenta seis características que
observou em pessoas introvertidas, depois de entrevistar dezenas delas.
Segundo a autora, esses comportamentos podem ajudar as pessoas mais
quietas a obterem o que almejam, sem necessariamente precisarem lutar
contra sua natureza para se tornarem extrovertidas.
Entre os aspectos ressaltados no livro, estão o hábito de preparar as
apresentações que serão feitas em público, de escutar os outros e de
estabelecer diálogos focado. É claro que eles não se restringem àqueles
que têm temperamento mais silencioso. Os falantes também podem aderir às
sugestões em busca de melhores resultados nas atividades do dia a dia.
1. Momento de silêncio.
Alguns instantes de quietude
contribuem com outra habilidade, a de influenciar as pessoas.
"Porque
libera seus pensamentos criativos, amplia sua compreensão dos outros e
de si mesmo e ajuda a manter o foco", escreveu Jennifer.
Novas pesquisas revelam que as melhores ideias emergem da solidão. Susan Cain, autora de O Poder dos Quietos afirma,
em seu livro, que a solidão é um catalisador da inovação porque tem
sido associada, há muito tempo, à criatividade e à transcendência.
2. Preparação.
Por não serem afeitos a improvisos, os
quietos nunca pulam a etapa da preparação, antes de apresentarem suas
ideias aos outros. E a preparação é especialmente útil para influenciar
pessoas. Embora os extrovertidos tenham mais facilidade para adaptar na
hora H, os silenciosos investem momentos de quietude para refletir sobre
seus objetivos e criar um plano de trabalho e uma estratégia de
influência estruturados, o que inclui a atenção aos detalhes e uma
abordagem de mudança consistente e disciplinada.
3. Escuta atenta.
Os extrovertidos às vezes começam a
falar e esquecem da parte de ouvir os outros. Escutar, porém, pode ser
tão ou mais eficiente para exercer sua influência do que apresentar seu
ponto de vista. Quem não gosta de ser ouvido por um interlocutor
interessado e sem pressa?
Você escuta com atenção suficiente para desenvolver empatia com os outros? Pesquisas citadas em A Força dos Quietos demonstram
que a escuta desatenta é a principal causa de conflitos, mal-entendidos
e baixo desempenho. E, ainda assim, esses mesmos estudos afirmam que a
escuta é uma habilidade grandemente negligenciada.
Já entre os introvertidos, os estudos mostram que 50% deles nascem bons
ouvintes. "Ouvir as pessoas e 'ler' a linguagem corporal pela
observação ajuda você a entender as pessoas e as situações que está
tentando influenciar", afirma Jennifer. Só a partir dessa observação
você será capaz de identificar qual a melhor maneira de se comunicar com
àquela pessoa em especial, para que sua mensagem chegue com mais
clareza.
4. Conversas focadas.
Para os introvertidos, a
influência resulta de conversas focadas em uma pessoa por vez. São
diálogos com um propósito específico, nos quais você combina a escuta
atenta com a conversa focada.
5. Escrita.
A habilidade de transpor suas ideias para o
papel é uma das forças da influência silenciosa.
Ela possibilita a
transferência das mensagens de dentro da sua cabeça para o mundo
exterior, onde poderão fazer a diferença. Como os influenciadores
silenciosos, em geral, investem no silêncio e na preparação antes de
começar a escrever, tendem a estruturar argumentos e posições que
conquistam os outros.
Quatro motivos para você começar a escrever suas ideias: esclarecer sua
própria posição, defender essa posição, conectar-se com os outros e
motivar os outros a agir. Quando coloca no papel, você organiza os
pensamentos, aumenta o distanciamento e, com isso, tende a ter uma visão
mais crítica, "de fora". Além disso, quando os argumentos estão no
papel, o interlocutor pode assimilar o conteúdo apresentado no tempo que
lhe for necessário para isso. Sem pressão. Quando elaboradas com calma e
liberdade, as opiniões tendem a ser mais consistentes.
6. Plano de mídias sociais.
Essas ferramentas
contemporâneas permitem que os introvertidos organizem seus pensamentos
na própria velocidade e sejam seletivos sobre quando e onde
compartilhá-lo. Também permitem que aqueles que hesitam falar em público
tenham a oportunidade de se comunicar e colaborar com até milhares de
pessoas ao redor do mundo.
Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/03/pare-de-falar-e-comece-ser-ouvido.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para a UNQE!
Deixe seu comentário abaixo ou Ligue 11 3684-1645