Você sabota seu crescimento?

Como se dar conta de que você está sabotando sua carreira

Depois de duras perdas, a especialista em carreira Karen Berg conseguiu identificar e superar comportamentos autodestrutivos. Agora, ela ajuda outras pessoas a fazer o mesmo

Estresse (Foto: Thinkstock)
 
Em 2001, Karen Berg estava no topo do mundo. Por causa do sucesso de sua empresa de coaching, situada em Nova York, a CommCore Strategies, ela viajou o mundo ajudando CEOs e outros gestores de negócios a melhorar suas formas de comunicação e, por consequência, o sucesso do negócio.

Então, o impensável aconteceu. O filho único de Karen, Alex Berg, morreu de repente, em 2001. Mesmo aflita, ela decidiu manter o ritmo de trabalho de sua empresa, em vez de dar uma freada. Ela era boa no que fazia e acreditou que as tarefas profissionais a distrairiam de sua tristeza. Karen tinha um bom time e contou com a ajuda dele para manter tudo funcionando durante seu período de crise.

De alguma forma, porém, Karen sabia que estava negando o fato de não ser capaz de manter as rédeas do negócio totalmente sob seu controle nesse período. No fundo, percebeu que estava oferecendo liberdade demais aos diretores. Ela também desconfiava estar ignorando seu medo de se sentir incapaz de tocar o negócio depois de uma perda tão grande. Agora, olhando para trás, Karen diz que deveria ter contratado um consultor de sua confiança ou um braço direito que ficasse de olho em tudo. Mas não o fez. E, em 2002, sofreu outra perda. 

Muitos de seus funcionários deixaram a empresa para abrir seu próprio negócio, levando a maioria dos clientes mais importantes com eles. Isso praticamente devastou sua companhia.

“Não é fácil dizer: ‘Ah, acho que vou me reinventar’. Então, eu sei, em um nível profundo e visceral, o que significa cometer erros tão grandes e, depois, recalibrar sua vida”, diz ela.
 

Vários anos após a morte de seu filho, Karen ingressou em um grupo de apoio, na tentativa de encontrar uma saída criativa. À medida que ela conhecia novos membros do grupo, percebia que muitos deles tinham comportamentos de autossabotagem, similares aos que ela teve durante sua crise pessoal.

“Eu estava vendo as pessoas ao meu redor – inteligentes e talentosas – caírem por causa dos próprios demônios”, diz. Testemunhou colegas sofrerem por consequência de um medo limitador ou de uma extrema desorganização e negação. Os custos desses comportamentos iam de carreiras prejudicadas a relações arruinadas.

À essa altura, Karen havia reconstruído seu negócio. A partir de então, ela direcionou seu trabalho de coach para a superação de atitudes autodestrutivas e autossabotadoras. A empresária descreve seu novo trabalho no recém-lançado livro Your Self-Sabotage Survival Guide: How to Go from Why Me? to Why Not?. Sua história foi contada na revista Fast Company. A seguir, algumas dicas para evitar comportamentos que podem atrapalhar seu caminho profissional.

Nomeie sua sabotagem

Ao longo de sua carreira, Karen viu todo tipo de autossabotagem em seus clientes. O padrão de minar a própria autoconfiança pode assumir várias formas, incluindo a do medo, da procrastinação, da impulsividade e da arrogância, ou mesmo a negação. Ela conhece bem tudo isso. Para identificar o cerne de como você está se sabotando, é preciso reconhecer os comportamentos destrutivos que adota.

Para isso, reflita sobre o que está impedindo que você atinja seus objetivos. Talvez o medo o impeça de persegui-los. Talvez a desorganização o atrapalhe na hora de organizar seu tempo. 

Observe as atitudes e os sentimentos que o estão segurando, e nomeie-os.
 
Pese o custo de sua sabotagem

Karen foi forçada a confrontar sua negação quando ela quase perdeu seu negócio. Qual é o custo atual ou potencial de sua autossabotagem? A empresária encoraja os clientes a focarem nos temas com os quais eles realmente querem se comprometer, e a pensar na forma como suas carreiras e suas vidas pessoais podem avançar se puderem abandonar os comportamentos destrutivos.

Quanto essas questões estão custando em relação a oportunidades perdidas ou estresse, por exemplo?
 
Mude o foco de seus pensamentos

O autoflagelo só vai piorar a autossabotagem. Repreender-se, se comparar aos outros e se deixar levar por pensamentos destrutivos só vai fazer você se sabotar ainda mais, diz Karen. 

Ela sugere que  você escreva seus objetivos (se possível, publique em um jornal) e se empenhe em transformar os pensamentos negativos. Quando experimentar vitórias na superação de comportamentos autossabotadores, escreva sobre eles e celebre-os.
 
Encontre a ajuda certa

Ter perdido o filho e se ver obrigada a reconstruir sua empresa fez de Karen uma pessoa mais empática, o que, consequentemente, a tornou uma coach melhor. Para alguns, a autossabotagem que se manifesta em comportamentos extremos ou destrutivos pode exigir a ajuda de um profissional de saúde. Outros  descobrem que o processo de coaching pode ajudá-los a encontrar o cerne da razão que os leva a essas atitudes.

Às vezes, você pode encontrar a ajuda que precisa em sua rede de relacionamentos. Há pessoas que o conhecem, respeitam e estão dispostas a ser honestas com você, sem medo de ferir seus sentimentos. Estes podem ser convocados para apontar suas atitudes de autossabotagem. Busque essas pessoas em sua vida e, ao encontrá-las, peça sua ajuda.

Fonte:  http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2015/03/como-se-dar-conta-de-que-voce-esta-sabotando-sua-carreira.html

Motivação e Crise combinam??

Como se manter motivado em um ano de crise

Motivação
Está em todos os lugares: 2015 será um ano difícil para a economia e para a maioria dos negócios. A expectativa é de baixo crescimento do PIB neste ano que se inicia.
Isso significa poucos investimentos e resultados mais modestos. Como sempre ocorre em períodos assim, a pressão no trabalho aumenta, o talento é questionado, as perspectivas de crescimento profissional ficam distantes e um clima ruim baixa nos escritórios. Chefes vão gritar, demissões vão ocorrer e decisões duras serão tomadas. Nós já sabemos disso. A questão é como enfrentar 2015.

São duas opções: deixar o pessimismo tomar conta ou reagir. Esta reportagem é para quem escolheu o segundo caminho. “O ano de 2015 será de ajustes, mas isso não é uma desculpa para se abater”, diz Walter Schalka, presidente da Suzano. “As pessoas não podem assumir uma postura conformista, devem enfrentar a situação.” 

Não se trata de adotar uma atitude ingênua, mas de encarar a realidade e de fazer o seu melhor. Aproveitar, também, para mostrar as habilidades que momentos de crise exigem: resiliência, capacidade de improvisar, coragem.

A atitude positiva ajuda os profissionais a se destacar e a colher os frutos quando a crise passa. “Manter a motivação é fácil quando tudo está bem. Quem tiver essa postura agora será reconhecido”, diz José Cláudio Securato, da Saint Paul, escola de negócios de São Paulo. 

Manter o pique não será fácil. Mesmo para os que começam o ano com o ânimo revigorado, enfrentar as más notícias cansa. Segundo a consultora carioca Patricia Cotton, nesses momentos surge com mais facilidade o ciclo do tédio, composto de três fases. A primeira é a felicidade diante do novo, quando alguém acaba de ser promovido ou muda de emprego e fica feliz em ter de se adaptar a uma realidade diferente.

A segunda é a sensação de estagnação, quando tudo começa a funcionar normalmente e as pessoas sentem que estão entrando em uma zona de conforto. A terceira é o tédio de fato, quando o desânimo toma conta. Em um ano em que pouca coisa acontece, é grande o risco de cair na apatia de esperar passivamente as coisas melhorarem.

O antídoto para esse problema é a transformação. “As pessoas ficam infelizes porque se deixam levar pela inércia”, diz Patricia, que deixou uma carreira em departamento de mar­keting de empresas como PDG, Beleza Natural e Globosat e foi estudar o ciclo do tédio na Alemanha, na Berlin School of Creative Leadership.

A lição mais importante para quem quer ter uma vida diferente é manter a disciplina na transformação. “Tudo começa com a ousadia, mas só dá certo se você mantém o zelo com sua intenção inicial”, diz Patricia.

A transformação não precisa ser radical. É importante, aliás, manter seus alicerces para não se desestruturar. “A mudança é como a acupuntura: ninguém coloca agulhas no corpo todo para resolver um problema”, afirma Patricia. “Primeiro você precisa descobrir qual é o ponto estratégico para mudar o sistema.”

E esse ponto estratégico pode ser algo simples, como uma mudança de atitude no modo como encara os problemas, uma guinada na rotina para ter mais qualidade de vida ou um ajuste fino na carreira para encontrar o verdadeiro propósito. 
 
Pense diferente
O cenário está mais complicado e desafiador. Quanto antes você se der conta e começar a pensar em soluções e em novas maneiras de agir, menos doloroso será o processo de adaptação.

Com o dinheiro mais curto, as empresas ficam atentas para quem consegue propor inovações (e principalmente redução de custos). “O desafio é sair da mesmice e atuar de maneira mais criativa”, diz Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search, empresa de recrutamento de Belo Horizonte.

Invista energia naquilo em que você tem o poder de mudar. “Se a perspectiva é faturar menos, o funcionário deve pensar em maneiras de ganhar produtividade, por exemplo”, diz Mariane Guerra, vice-presidente de RH da ADP, empresa especializada em gestão de pessoas, de São Paulo. Mas tome muito cuidado.

O custo do erro costuma ser alto durante esses períodos. As novas ideias devem ser embasadas em pesquisas profundas e consistentes. Corra riscos calculados. “Caso a ideia dê errado, pelo menos será possível ter argumentos de que era a hipótese mais acertada no momento”, afirma Adriana.
 
Explore o talento
O profissional precisa refletir sobre seus pontos fortes e sobre como pode contribuir para ajudar a empresa a passar por um período delicado.
 
Você será lembrado por aquilo que fizer bem. “Em momentos de crise, pessoas escondidas nos bastidores têm a chance de mostrar que são úteis”, diz Adriana, da Dasein.
 
É hora de criar coragem e mostrar sua capacidade. Só tome cuidado para não agir como um salvador da pátria e propor algo que você não conseguirá fazer.
 
Busque a sabedoria
Não será a primeira vez que o Brasil passará por um período difícil. Muito pelo contrário. Cole nos profissionais experientes e aprenda com eles as estratégias, os argumentos e os truques que funcionam em fases de baixo crescimento.
 
Aliás, num mundo que está saindo de uma crise internacional, há casos de superação em toda parte. Vale pesquisar histórias de quem superou alguma crise. Converse e aprenda.
 
Se o dia a dia está pesado e os problemas não param de surgir, mantenha a motivação pensando no futuro. A crise vai passar uma hora. Pense nas boas coisas que poderão ocorrer, seja no trabalho ­atual, seja na vida pessoal, seja numa eventual mudança de rumo que está começando a ser planejada. 
 
Tudo isso sem perder o foco no presente, claro, pois o trabalho precisa ser entregue. “Uma hora a crise passa, e ter algo importante em vista é uma ótima maneira de deixar de lado as agruras do dia a dia”, diz Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH|DBM, de São Paulo. 
 
Mantenha  a calma 
Em momentos de crise, a pressão aumenta e os ânimos se exaltam. A ameaça de demissão e as deslealdades de colegas aparecem com maior frequência. Tente controlar a ansiedade.
 
Na hora do nervosismo, o cérebro não funciona direito, o que piora a qualidade das decisões tomadas. “Uma situação estressante faz as pessoas agir com emoção”, afirma Camila Pires, diretora da Rede Indigo, empresa de desenvolvimento humano, do Rio de Janeiro. “Precisamos analisar as situações com base em fatos, e não em suposições e percepções.” 
 
Resista ao baixo-astral
 
Sim, haverá momentos de desânimo em várias ocasiões neste ano. Mas evite que os pensamentos negativos fiquem o tempo todo em sua cabeça. “Não é para exagerar no otimismo e se tornar uma pessoa alienada”, diz Pamela Magalhães, psicóloga de São Paulo. 
 
Só que não adianta mergulhar nas possibilidades negativas desconsiderando seu trabalho e seu potencial. “Encontre o gatilho que desencadeia o pessimismo e busque apoio, interno e externo, para lidar com a situação”, diz Camila, da Rede Indigo. 
 
Jogue com lealdade
Em tempos de apreensão e insegurança, é natural que a competitividade aumente — todo mundo quer mostrar que é indispensável. Mas uma rivalidade excessiva com os colegas piora o clima, que já está ruim.
 
Seja realista, faça um bom trabalho, mas cuide para não deixar o medo de perder o emprego transformá-lo em uma pessoa ruim. “Faça uma gestão pela esperança, não pelo medo, e não espere que seu chefe seja o fio condutor disso, pratique no dia a dia”, afirma Adriana, da Daisen.
 
As empresas têm valorizado pes­soas que, independentemente do cargo que ocupam ou do crachá, conseguem unir as equipes e proporcionar um clima agradável — principalmente em épocas difíceis de crise. 
 
Olhe para os lados 
Muita gente tende a tomar os próprios sentimentos como referência. Trata-se de uma má leitura do ambiente, principalmente quando o profissional se impressiona excessivamente com o cenário negativo.
 
É preciso tirar o viés pessoal das análises racionais. Faça um esforço para enxergar, de fato, o que ocorre na empresa e no mercado. Isso amplia as possibilidades e suas referências.
 
Se seu chefe está pessimista, busque inspiração em pessoas que pareçam acreditar mais que as coisas poderão dar certo. Pode ser um colega, um cliente ou, em muitos casos, o presidente da empresa. 
 
Evite comentários negativos
O cenário é difícil, mas ficar o tempo todo dizendo que vai dar tudo errado, além de ser chato, contamina o ambiente e amplifica o pessimismo, que só vai prejudicar ainda mais a produtividade. “Diante de um problema, as pessoas só pensam no sofrimento, e nada é criado”, diz a psicóloga Pamela. 
 
Viva um dia de cada vez e pense no que pode ser feito para que as coisas melhorem — não o contrário. Bom senso é fundamental quando se trabalha em equipe. 
 
Cuide da saúde
O momento atual exige esforço e dedicação, mas sem deixar a vida pessoal de lado. Por mais estressantes que os dias de trabalho estejam, não descuide de sua saúde e de sua vida afetiva.
 
A falta de sono, o estresse e o sedentarismo diminuem a produtividade e aumentam a incidência de doenças. E não dá para ficar com a disposição em baixa quando a empresa mais precisa que você trabalhe no auge de sua capacidade. 
 
Seja mais produtivo 
Períodos de instabilidade exigem produtividade alta. É hora, então, de analisar os problemas que prejudicam sua eficiência e fazer ajustes para solucioná-los. “É preciso entregar mais, e não ficar se justificando porque não fez”, diz Adriana, da Dasein.
 
Quem se destaca são os que mostram capacidade de fazer mais. Entregar bons resultados é a melhor estratégia para ter visibilidade — e fugir da demissão. Tente se planejar e fazer uma gestão de risco sobre suas entregas. “Não deixe o mais difícil para o final.”
 
Improvise
Em períodos de instabilidade, o trabalho e as demandas mudam muito. Por isso, é preciso ser flexível no modo de agir e acreditar que o que ficou para trás ficou. “Vale a lei de que não são os mais inteligentes que sobrevivem, mas os que se adaptam melhor”, diz Irene, da LHH|DBM, do Rio de Janeiro.
 
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/199/noticias/como-se-manter-motivado-em-um-ano-de-crise

Gestão Administrativa

Gestão Administrativa


Descrição do curso:

Ensino recursos humanos, gestão de pessoas, departamento pessoal, folha de pagamento, administração, secretariado, contabilidade

Metodologia

serão aulas presenciais dinâmicas, com a prática do dia a dia e tendências do mercado in company ou em nossa unidade em osasco sp.

Programa:

liderança, organização de pessoal, motivação, técnicas de arquivamento, tributos, folha de pagamento, rescisão e admissão.

Gestão de Carreira

Gestão de Carreira

Descrição do curso:

Ensina a como gerir sua própria carreira, como desenvolver seu potencial profissional, se manter empregável com competitividade, elaborar seu currículo, habilita o profissional para participar com eficiência de processos seletivos, emite feedback pontuais e eficazes.

Metodologia

As presenciais dinâmicas, trazendo a realidade empresarial e abordando temas de relevância empresarial.

Programa:

dinâmicas de grupo, entrevista para emprego, elaboração de currículo, ética profissional, motivação, empregabilidade.

Motivação e Coaching

Motivação e Coaching

Descrição do curso:

Colabora para seu desenvolvimento profissional e pessoal auxiliando na organização de um plano de ação para gerenciar sua carreira, utiliza técnicas de coaching, auto motivação, elaboração de metas, feedback, conscientização da auto sabotagem e técnicas para eliminá-la.

Metodologia

Encontros presenciais, elaboração de rotinas, mensurar resultados.

Programa:

Serão realizados encontros presenciais nos quais serão elaborados planos de ações para seu dia a dia com rotinas viáveis para seu estilo de vida e interesses profissionais e pessoais.

Team building




A expressão Team Building é utilizada para indicar treinamentos e ações que criem melhor sinergia entre as equipes de trabalho, estreitando a sintonia dos colaboradores.

Desenvolvendo o espírito de equipe a empresa terá melhores resultados e o clima organizacional será mais harmonioso.

Os treinamentos podem ser indoor ou outdoor sempre depende dos objetivos concretos da equipe e da empresa.

Criação de Identidade da corporação.

Os exercícios do team building abordam aspectos comportamentais e funcionais como:

Planejamento em equipe.
Percepção e análise de si mesmo e dos outros
Comunicação, feedback e motivação;
Integração da equipe;
Administração de mudanças e conflitos; 
Características de grupos e equipes;
Papéis na equipe;
Tomada de decisão.


Bom dia Brasil


livro o monge e o executivo



O livro narra a história de John Daily, um executivo bem sucedido, técnico voluntário de um time de beisebol, casado e pai de dois filhos. Desde o início de sua vida John se via perseguido por um nome: “Simeão”. De todos os fatos e coincidências, ele não compreendia porque, sempre ao longe dos anos, tinha o mesmo sonho que lhe transmitia a mesma mensagem: “Ache Simeão e ouça-o!”.
Após um movimento sindical em sua fábrica, as constantes reclamações de sua esposa e a insubordinação de seus filhos, John começa a ver que nem tudo estava como planejara. Diante disso sua esposa sugere que ele vá se aconselhar com o pastor de sua igreja, que o indica a participar de um retiro num pequeno e relativamente desconhecido mosteiro cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan.


Uma das coisas que despertou seu interesse foi o fato do lendário Len Hoffman, um ex-executivo, ser um dos frades do local. Apesar de sua resistência, o receio de perder sua família, decidiu ir. Ao chegar foi recepcionado por padre Peter, e ao indagar sobre a programação descobriu que Len Hoffman seria responsável pelo curso de liderança, porém o que mais lhe surpreendeu foi o nome que Len tinha recebido no mosteiro: “Simeão”.
Ensinamentos

Durante as aulas ministradas, o debate inicial foi sobre a diferença entre poder e autoridade, e o conceito de liderança. Na continuidade discutiram sobre o velho e o novo paradigma, como não ter o cliente como inimigo, mas como aliado. Foi colocada a questão dos modelos de liderança dos quais Len acredita que a autoridade sempre se estabelece ao servir aos outros e sacrificar-se por eles, e isso trouxe a reunião questionamentos sobre o ato de amar, que, na visão de um líder, deve ser traduzido pelo comportamento e pela escolha, na união do falar e do fazer, deixando de lado o sentimento.

Mais conhecido como Amor Agapé, a bondade, o respeito e a paciência são uma de suas principais características. Sinônimo de liderança, este conceito, aqui, significa o que você faz e não o que você sente, ou seja, você pode odiar uma pessoa mais pode agir com amor. Sobre o ambiente foi ressaltada a importância do bom cultivo para uma boa colheita, que só podemos colher os frutos que plantamos, e que no âmbito profissional o ambiente de trabalho tem que ser saudável para estimular os funcionários.

A práxis ocorre quando um comportamento influencia nossos pensamentos e sentimentos. Quando nos comprometemos a amar alguém e a nos doar a quem servimos, e analisamos as nossas ações e comportamentos com esse compromisso, com o passar do tempo desenvolveremos sentimentos positivos por essa pessoa.

Exemplo

Exemplo: quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção.

Na última reunião Len e o grupo conversaram sobre recompensas, após debaterem sobre o assunto chegaram a conclusão que a disciplina exigida para liderar com autoridade nos trará ganhos e benefícios, e que a recompensa da alegria é algo que traz satisfação interior e convicção de saber que você está verdadeiramente em sintonia com os princípios profundos e permanentes da vida.

Amar aos outros, doar-nos e liderar com autoridade nos força a quebrar nossos muros de egoísmo e ir ao encontro das pessoas. No livro “O monge e executivo” o autor James C. Hunter nos mostra todos os requisitos para nos tornarmos um líder ideal. Quando tentamos trazer à memória os líderes que nos marcaram, tanto sociais como empresariais, nos deparamos em pessoas que tinham ou tem algo cativante, diferente. O autor expressa em um texto fluido e emocionante este algo mais.

Semelhanças entre Líderes


Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à conquista de determinados objetivos específicos.

As funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciação de pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas.

Nos momentos de reflexão do texto nos deparamos em discurções que nos faz refletir a diferença entre poder e autoridade, sobre o amor, sentimento ou comportamento?, as influencias do meio e nossas escolhas nos negócios e na vida. Assim entendemos que o líder de hoje é muito diferente do de antigamente, pois ele deve ser muito mais um sábio do que um técnico, deve acompanhar todas as mudanças.

Além disso, antes o bom Líder era aquele que sabia mandar, e hoje ele deve saber compartilhar e investir nas pessoas para que elas dêem o melhor de si mesmas. Segundo José Tolovi Júnior, liderança é algo que se aprende.

Para o especialista, qualquer um pode tornar-se um líder, basta ter as ferramentas certas e muita determinação. “Porém, uma vez lá, o líder precisa tomar cuidado para não cair em certas armadilhas, pois Liderança também está cercada de perigos”.

Já Roberto Justus, acredita que Liderança é um dom, que a pessoa nasce um líder nato ou não. Para o executivo, desde criança já demonstramos se seremos líderes ou não. No conceito de liderança, os líderes desenvolvem habilidades básicas e o conhecimento necessário para compreender, predizer e influenciar o comportamento dos outros. Para James C. Hunter, o individuo não precisa ser chefe para ser líder.

“Liderança é você inspirar e influenciar o outro para ação. É influenciar pessoas com entusiasmo e trabalho para o bem comum”. A diferença entre poder e autoridade consiste em: “poder é força que funciona por um tempo, mas fica velho”; “Autoridade, ao contrário, é a habilidade em conseguir que as pessoas façam sua vontade por conta de sua influência pessoal”. Um bom exemplo de autoridade, segundo ele, são nossas mães. “Elas atingem esse status porque nos serviram e continuam a nos servir ao longo de nossas vidas
”.

Fonte:  http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/resumo-do-livro-o-monge-e-o-executivo/14410/

Mini aula de LIDERANÇA


Networking é a ordem do dia

Rede de contatos e internet ajudam a conseguir novo emprego


A busca por uma vaga de trabalho envolve a elaboração de um currículo, depois a entrevista ou até mesmo uma dinâmica de grupo. Mas não é só isso. Outras ferramentas têm sido cada vez mais importantes para que o candidato consiga participar e ter sucesso em um processo seletivo.

Rodrigo queria mudar de emprego e foi acionando a rede de contatos que ele conseguiu a nova vaga.
“Claro que a competência técnica é muito importante, mas nesse caso foi primordial ter uma boa rede de contatos e ter um bom relacionamento com todo mundo”, conta o consultor da PwC Rodrigo Sá.


Procurar um novo emprego exige mais do que vontade. Você até pode, por exemplo, ter um bom currículo. 

Mas, às vezes, a oportunidade está escondida: é um funcionário que deixou a empresa da noite para o dia, ou o chefe cria, de repente, um cargo inesperado. Quem está antenado e construiu um bom círculo de relacionamentos pode ficar com a vaga.

“No geral essas realocações acontecem na sua grande maioria através de uma indicação. Então, se você tem uma boa rede de relacionamentos e uma boa imagem nessa rede de relacionamentos, mais pessoas para indicar você vai ter quando estiver procurando uma nova oportunidade”, diz Marcelo Sartori, diretor de RH da PwC.

Almejar um novo emprego requer cuidados. Tem sempre aquele que conta vantagem na hora da entrevista, diz muita coisa que não deve. Não é bem por aí.

“Eu vejo muito candidato querendo demonstrar algo que ele não é para tentar atender a expectativa que ele acha que a empresa tem dele. Esse é o principal erro hoje em dia”, alerta Marcelo.

Bons contatos, rede de networking fortalecida, uma entrevista bem feita. Tudo isso é importante, claro. Mas existe uma ferramenta, que está sendo cada vez mais usada por candidatos e recrutadores para preencher as novas vagas de trabalho: as redes sociais na internet.

Foi o que fez o Araken. Antes de cada uma das sete entrevistas do novo emprego, usou as redes sociais para estudar o perfil de cada entrevistador.

“Na verdade, hoje você tem muito acesso a informação através das mídias sociais. Na maioria das vezes, você consegue saber quem vai te entrevistar antecipadamente. Então, você olhar o que essa pessoa fez, qual o background dela, ajuda você a identificar a melhor maneira de se conectar com ela”, explica Araken Madella, da área de negócios pós-venda da Audi.

Na empresa onde ele trabalha, a rede social se tornou a principal ferramenta de recrutamento de novos talentos.

“Hoje, através de determinadas redes sociais, você pode encontrar exatamente o perfil que você está procurando, através de filtragens, exatamente o cargo, exatamente do setor que você está buscando, com as qualificações que você está procurando”, conta Mariana de Oliveira, diretora de RH da Audi.

Fonte:  http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/platb/2014/11/11/rede-de-contatos-e-internet-ajudam-a-conseguir-novo-emprego/

Redes sociais e seus perigos

16 dicas para não queimar sua imagem nas redes sociais

Redes Sociais
 
Em 2014, os ânimos se acirraram nas redes sociais. Copa do Mundo e eleições foram o bastante para que uma multidão se queimasse, falando demais.

O Twitter, por exemplo, registrou 21,5 milhões de posts relacionados aos presidenciáveis Dilma Rousseff e Aécio Neves. E as queixas contra crimes de ódio cresceram 84% em outubro, de acordo com a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

Muita gente perde o controle porque embarca no que John Suler, professor da Universidade de Rider, em Nova Jersey, apelidou de “efeito da desinibição online”, que consiste na impressão de que estar atrás de uma tela significa o anonimato. A falsa proteção aumenta a vontade de se expressar e instiga a agressividade.

Como as redes funcionam como uma vitrine, esse impulso comunicativo pode manchar a reputação na vida profissional. Engana-se quem pensa que os recrutadores ignoram os perfis sociais, como Facebook, Instagram e Twitter. Segundo um estudo do CareerBuilder, site americano de recrutamento, 51% dos 2 138  empregadores entrevistados desistem de contratar um candidato após verificar suas postagens.

Mesmo quem não está atrás de emprego deve tomar cuidado: chefes e colegas observam como andam as publicações alheias. “Uma atitude inflexível em uma discussão online passa a imagem de um profissional que não sabe trabalhar em equipe”, diz Luís Testa, da Catho, site de recrutamento, de São Paulo.

Para não cair em armadilhas e correr o risco de virar meme, siga as regras para preservar (e melhorar) sua imagem virtual. 
 
1- Use ferramentas de privacidade 
A lista de amigos não é homogênea: tem chefes, ex-chefes, colegas e pessoas mais íntimas. 

Cada grupo pede um tipo diferente de mensagem. O Facebook cria filtros e listas que podem ser aplicados nos posts. Isso permite que alguém selecione só os amigos para compartilhar a foto do Réveillon, e só os colegas quando quiser postar um texto corporativo. 
 
2 - Pense antes de publicar
As linhas do tempo são lotadas de informações. Mas nem todas foram revisadas antes de ser publicadas. A consequência? Posts com informações falsas e erros de português.  “Não é porque a internet é veloz que temos de nos posicionar com a mesma rapidez”, diz Bia Granja, do site Youpix, especializado em internet.
 
3-  Reclame na medida
As redes sociais viraram um grande SAC da vida, com gente que usa os perfis só para desabafar. Reclamar de vez em quando é normal, mas ser resmungão transmite uma imagem ruim. “Nenhum recrutador verá com bons olhos uma pessoa que está o tempo todo insatisfeita com tudo”, diz Ana Luiza Mano, fundadora do grupo Psicólogos da Internet, de São Paulo. 
 
4- Diminua a ostentação
Há a impressão de que, na internet, todo mundo é feliz e só faz coisas incríveis. Postar imagens de viagens, restaurantes, sapatos novos e festas em excesso passa a impressão de ostentação.
 
O marketing pessoal exagerado não cola. Profissionais que se autopromovem assim dão a entender que não assumem falhas. 
 
5 - Pegue leve nas críticas às empresas 
Todo cliente lesado por algum serviço ou produto tem o direito de ficar bravo e reclamar. 

Desde que seja no lugar certo. Melhor falar sobre o problema com a empresa ou em sites voltados para reclamações.
 
Por mais que esteja irritado, mantenha a cordialidade: pode ser que, daqui a um tempo, você pleiteie uma vaga na empresa com a qual brigou. 
 
6- Lembre-se que a zoeira tem limites 
Até os mais bem-humorados precisam ter noção. Às vezes, uma piada pode ofender — mesmo que essa não tenha sido a intenção. Avalie o tom do post e nunca faça comentários ofensivos disfarçados de piadas.
 
Brincar com as minorias está fora de cogitação: as empresas valorizam quem sabe lidar com a diversidade. 
 
7 - Analise as redes
Cada rede tem um perfil específico que deve ser levado em conta. Não pega bem postar convite para seu aniversário no LinkedIn ou compartilhar seu currículo no Facebook. 
 
8 - Publique com moderação
Crie uma rotina para seus posts e uma frequência tolerável para se expor online. Quem escreve demais parece que está viciado, comportamento que pode prejudicar a produtividade e ser malvisto pelos chefes. 
 
9 -Seja coerente
As redes sociais devem refletir quem você é na vida real. Não adianta se esconder atrás da tela e criar uma imagem diferente da mostrada no trabalho.
 
As pessoas percebem a incoerência e ficam em dúvida sobre a personalidade. Preste atenção também nos seus contatos: não adianta tomar cuidado com o perfil se todos os seus amigos parecem ser exatamente o contrário de quem você é.
 
10 - Saiba que o anonimato é lenda
Antes de publicar qualquer coisa, imagine se teria coragem de dizer aquilo pessoalmente, sem se envergonhar ou se arrepender no futuro. Na dúvida, apague o que escreveu. Essa atitude demonstra maturidade e o entendimento de que nem tudo precisa ser compartilhado. 
 
11 - Controle as emoções
Todo mundo perde a cabeça e fala bobagem. Só que na internet o escorregão, às vezes, fica imortalizado. Respire fundo antes de se manifestar. Responder com classe a uma provocação impressiona os chefes, pois significa inteligência emocional.
 
12 - Evite falar sobre sua empresa
Se estiver com um problema no seu trabalho, não espalhe nas redes. Fazer isso não soluciona nada e só gera mal-estar — além de mostrar que o profissional não tem maturidade para chamar o chefe para conversar e tentar resolver a questão. 
 
13- Cuidado com a linguagem
Vários mal-entendidos ocorrem porque as palavras para certos posts não foram bem escolhidas e possuem um tom indelicado ou irritado. Evite caixas altas, por exemplo, que são consideradas gritos na internet. 
 
14 - Mantenha a discrição
Se a discussão com um de seus contatos ficar mais séria, opte por uma conversa particular para evitar a exposição de seus problemas ou pontos de vista polêmicos. Discrição na hora de resolver pendências é uma competência essencial em momentos de crise. 
 
15- Leia a política de privacidade 
As empresas têm regras claras para o uso das redes sociais no ambiente corporativo. 

Descobrir qual é o código de conduta adotado pelo local onde trabalha minimiza erros, como compartilhamento de informações sigilosas.
 
16 - Saia da bolha
A dinâmica das redes contribui para que apenas conteúdo parecido com o que você posta apareça na linha do tempo. Isso colabora para que as pessoas ignorem que existem opiniões e assuntos diferentes.

É importante dar valor a informações que não fazem parte do dia a dia.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/199/noticias/16-dicas-para-nao-queimar-sua-imagem-na-internet

Alô melhor idade o mercado de trabalho espera por você!

Riqueza grisalha

A atriz Helen Mirren brinca com os fotógrafos ao ser homenageada com a estrela na Calçada da Fama, em Hollywood
A atriz Helen Mirren: garota propaganda 

São Paulo - A cantora canadense Joni Mitchell, musa hippie nos anos 70, acaba de emprestar sua imagem para a empresa francesa de produtos de luxo Yves Saint Laurent. Aos 71 anos, a artista de cabelos brancos estampa anúncios globais da marca. Também no início de janeiro, a fabricante de bolsas Céline divulgou que a romancista americana Joan Didion, de 80 anos, seria o rosto da coleção da primavera de 2015.

Em outubro, a marca de cosméticos L’Oréal contratou a atriz britânica Helen Mirren, de 69 anos, para estrelar suas campanhas. O universo da moda e da beleza sempre orbitou em torno da juventude — ou, pelo menos, do desejo de se manter jovem. Agora rende-se às evidências da demografia: o mundo está ficando mais velho e, portanto, é preciso começar a se comunicar melhor com os consumidores maduros. 

O interesse da indústria da moda por mulheres maduras explica-se pela crescente importância econômica do mercado de consumidores com mais de 50 anos. Eles somam 1,5 bilhão de pessoas globalmente e gastam 7 trilhões de dólares por ano, segundo a empresa inglesa de análise Oxford Economics.

O valor é superior ao do produto interno bruto da maioria dos países — só perde para o PIB da China e o dos Estados Unidos. Até 2020 o consumo dos grisalhos deverá alcançar 15 trilhões de dólares.

À medida que as mulheres decidem ter menos filhos e a expectativa de vida aumenta — sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, mas também na China e no Brasil —, cresce o peso dos consumidores mais velhos. Os países terão de descobrir uma forma de financiar tantos idosos. Contudo, terão uma população madura com nível educacional e poder aquisitivo jamais vistos.

Americanos e europeus os chamam de baby boomers — gente nascida no pós-guerra, entre 1946 e 1964. Agora, ao se aposentar, eles estão determinados a continuar produzindo e consumindo.

“Há uma diferença qualitativa entre as pessoas com 50 anos atualmente e as que tinham essa idade no passado, o que faz com que esse grupo seja um consumidor potencial muito atrativo”, afirma Beijia Ma, estrategista de investimentos do banco americano Merrill Lynch. “A maioria dos boomers não está inutilizada pela idade e mantém o mesmo padrão de consumo que sempre teve.”

A riqueza dos boomers parece ainda mais superlativa em uma economia global, cuja demanda ainda não se recuperou da crise financeira de 2008 e na qual os jovens têm dificuldade para se estabelecer no mercado de trabalho. Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego entre pessoas de 18 a 24 anos foi de 12,3% em 2014, ante a de 6,2% para toda a população.

Nos países da zona do euro, um a cada quatro trabalhadores com menos de 25 anos que procuraram emprego em dezembro não teve sucesso. A população com mais de 50 anos detém 80% dos bens particulares nos Estados Unidos.

Lá, os domicílios liderados por pessoas acima dessa idade têm ativos que somam, em média, 765 000 dólares — ante 225 000 dólares no grupo das famílias chefiadas por pessoas de 25 a 50 anos. Já no Reino Unido a riqueza média estimada dos lares mais velhos é de 818 000 dólares.

Com mais dinheiro no banco e tempo para o lazer, a terceira idade de hoje gasta cada vez menos com itens básicos em proveito de artigos outrora considerados supérfluos. A análise da Oxford Economics mostra que, de 1990 a 2010, o gasto dessas pessoas com alimentação caiu 35% em valores corrigidos. No mesmo período, as despesas com lazer subiram 23%.

“A geração anterior foi criada em meio às guerras mundiais e acostumou-se a economizar para o futuro”, diz Stephanie ­Jacklin, analista sênior da consultoria Euromonitor para tendências de consumo. “Os baby boomers cresceram durante anos de otimismo e querem aproveitar a vida enquanto podem.”

A indústria da beleza tampouco será a única beneficiada pela economia da longevidade, expressão cunhada para batizar o processo de envelhecimento do mercado consumidor. A despeito do estereótipo do idoso como um analfabeto digital, fabricantes de eletrônicos também lucrarão com um consumidor mais maduro e endinheirado.

Nos Estados Unidos, eles formam o estrato que mais assiste à televisão — 174 horas por mês, na média dos telespectadores de 50 a 64 anos, chegando a 205 horas entre aqueles com mais de 65 anos. O consumo de rádio, jornais e revistas também é maior entre o­ público mais velho. A idade média de um leitor de jornal é 48 anos, número que continua subindo.

Na internet, a turma que está se aposentando é a segunda faixa etária que mais passa tempo online, atrás dos que têm de 18 a 30 anos. E a tecnologia pode ser um presente para os mais velhos à medida que as telas de celular aumentam e mais aplicativos permitem regular o tamanho da letra, para os que têm dificuldade de visão, ou subir o volume, para quem não 
escuta como antes.

“Quando o Samsung Galaxy S4 foi lançado, de forma alguma a estratégia de marketing mirava o consumidor idoso. Ainda assim, havia uma opção para simplificar a tela inicial, com ícones maiores e mais contraste”, diz Stephanie, da Euromonitor. “O mesmo pode ser dito de tablets e e-readers: as telas e a personalização da fonte tornam a leitura fácil para quem é mais velho.”
 
Consumidor de Alto Padrão

A tecnologia também permite que idosos dirijam por mais tempo. Os maiores de 65 anos são ávidos compradores de carros de alto padrão e deverão ser responsáveis por mais de um quarto das vendas de automóveis nos Estados Unidos até 2020, segundo a Euromonitor.

“Esses senhores e senhoras querem continuar dirigindo seu carro mesmo após a aposentadoria”, diz Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan. “Eles valorizam a automação dos veículos, particularmente itens como gerenciamento de tráfego e assistência de estacionamento.”

De olho sobretudo no poder de compra da terceira idade, a Nissan pretende colocar à venda, em 2020, o primeiro carro autônomo — capaz de trafegar sem motorista.

No Brasil, já são mais de 40 milhões de homens e mulheres acima de 50 anos. No mercado de consumo, eles têm uma presença ainda mais expressiva: respondem por 34% do que é gasto, o equivalente a 1 trilhão de reais por ano. E a tendência é esse grupo se tornar ainda mais relevante. Sua participação no consumo total dos brasileiros deverá alcançar 41% em 2017, de acordo com a consultoria Escopo.

No mercado de higiene e beleza, a fatia poderá chegar a 55%, ante os 47% registrados em 2013. No ramo do vestuário, deverá alcançar 48%. Isso ocorre mesmo considerando o fato de que 10 milhões de pessoas com mais de 60 anos vivem apenas da aposentadoria pública, com compras limitadas a alimentos e remédios.

É um retrato do país que, em boa medida, envelhece antes de enriquecer. Mas, pelo que mostram os dados gerais, o prolongamento da vida dos brasileiros segue no mesmo rumo de americanos e europeus: uma maturidade mais ativa — e mais consumista.

Fonte:  http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1082/noticias/riqueza-grisalha