Criatividade e liderança

5 traços dos líderes criativos

Tornar-se um líder exige coragem tanto quanto criatividade. E criatividade exige prática

Ideia; inovação; criatividade (Foto: Thinkstock)

“Ser um líder é difícil. É por isso que a maioria de nós acaba seguindo ordens de outras pessoas em nossas vidas profissionais”, afirma o artista gráfico Erik Wahl, autor do bestseller Unthink: Rediscover Your Creative Genius, em um artigo publicado na Fast Company

Segundo ele, essa realidade está começando a mudar. “A fila daqueles que querem trabalhar por conta própria tem crescido, o que dá a entender que mais gente está confortável em assumir as redes do trabalho”. Em seu texto, ele diz que, de fato, se tornar um líder (mesmo que seja só de si mesmo) é uma arte que qualquer um que se comprometer com suas tarefas, pode desenvolver. “Não há qualidades inatas nos líderes. Eles são pessoas comuns que decidem, em um ponto ou outro de sua trajetória, fazer coisas extraordinárias.”

Isso não só exige coragem, mas também criatividade – o tipo que pode ser ativamente nutrida e praticada, segundo Wahl. “Tenho descoberto que, para se tornar um líder, você precisa desenvolver qualidades similiares às de um artista”, diz ele. “É preciso mergulhar em sua inteligência criativa para conseguir ver além do lugar comum, tornar-se ágil e inspirar pessoas à sua volta a fazer o mesmo”.

A seguir, os cinco traços que, de acordo com Wahl, os líderes mais criativos costumam ter.
 
1. Eles quebram paradigmas

Mudanças são constantes. Na natureza, na política, nos negócios. A única constância é a inconstância. Algumas pessoas esperam ser empurradas para posições de lideranças por forças ao redor. Mas os melhores líderes – de Joana D’Arc a Martin Luther King e Steve Jobs – primeiro impulsionaram-se a agir. Só depois, inspiraram as pessoas ao redor. Estão constantemente tendo novas ideias. Provocam mudanças e as encaram mesmo que os outros não os acompanhem.

“Talvez a única grande diferença entre líderes excelentes e líderes medianos seja que os excelentes estão dispostos a tomar iniciativas em vez de esperar que as circunstâncias direcionem suas vidas”, afirma Wahl. Isso significa sacudir crenças e instituições – missões que não costumam ser fáceis nem bem recebidas por todos. Porém, é isso o que os faz ótimos.
 
2. Eles escutam a intuição

“Há coisas que sabemos que são verdade e coisas que sentimos que são verdades”, diz o artista. Graças a nossa educação, a maioria de nós tende a inclinar-se sobre a base de conhecimento existente para resolver problemas e tomar decisões. Mas os melhores líderes são os que se dão conta de que as coisas que eles sentem – aquelas possibilidades que estão um pouco além do reino do conhecido – têm um valor especial também. A partir dessas intuições, eles têm insights relevantes.

A maioria de nós tem problemas em distinguir e equilibrar a lógica e a intuição. Mas a verdade é que essas faculdades não são opostas uma a outra. De fato, você precisa se dar conta de como elas trabalham juntas se você se tornar um verdadeiro líder criativo. O intelecto sem a intuição pode fazer uma pessoa inteligente, porém sem impacto. Intuição sem intelecto faz uma pessoa espontânea sem foco.
 
3. Eles se movem rapidamente

Um dos maiores obstáculos a qualquer um que tenta se comprometer com algo é o perfeccionismo – a necessidade de obter o valor exatamente correto antes de partir para o próximo passo. Os melhores líderes, no entanto, percebem que a perfeição é impossível, e que buscar a perfeição, muitas vezes, se torna um obstáculo ao que é o mais importante: o progresso. “A liderança requer a realização de progressos consistentes, não importa de que tamanho. Quanto mais rápido o passo, mais rápido o progresso”, afirma Wahl.

Não pense que você poderá dar um salto gigante só porque antes passou um tempão estudando-o de fora. Se simplesmente agir, vai superar os resultados mais rapidamente do que se ficar remoendo. Vá em frente e deixe saírem as faíscas. Você vai cometer erros. Mas no processo, vai aprender logo de uma vez e continuar se movendo – refinando suas habilidades e usando as faíscas para inflamar sua criatividade a níveis que você nem sabia que poderia atingir.
 
4. Eles têm convicções e as cumprem

“Não me pergunte o que o mundo precisa”, disse uma vez o grande líder dos direitos civis Howard Thurman. “Pergunte a si mesmo o que faz você ficar vivo. Porque o que o mundo precisa de pessoas vivas.” Há algo convincente sobre uma pessoa com convicção, concorde ou não com tudo o que ela represente. Porém, a convicção é rara, porque em nosso desejo por estabilidade e segurança, frequentemente cometemos o erro de olhar fora de nós em busca de direção, quando deveríamos procurar por ela dentro. Ao longo do tempo, podemos perder os sinais que mostram quem realmente somos e o que é realmente importante para nós.

Convicção pode ser cultivada – e esse é um processo que começa individualmente. Enquanto aqueles que vivem com grandes convicções sempre podem inspirá-lo, eles não sabem sobre suas paixões ou crenças particulares. Só você pode perguntar: “O que me faz sentir vivo?”. A partir daí, as lacunas entre quem você é e quem você ainda pode se tornar se tornam mais claras. Você pode descobrir que precisa de algo dramático como uma mudança de carreira, ou fazer o exercício de responder a essa pergunta pode ajudar a levá-lo, com mais consciência, ao caminho em que você já está. A chave é descobrir algo que sente estar destinado a fazer e entregar-se a isso.
 
5. Eles não sabem (apenas) o que é esperado deles

A habilidade de ter novas ideias é definitivamente uma característica dos grandes líderes. 

Eles são capazes de ir além da visão normal e imaginar novas possibilidades para definir o curso que será seguido por outros. Cada um de nós tem uma tremenda vocação para originalidade – afinal, somos únicos, no fim das contas –, mas atingir isso pode ser difícil. Por quê? Porque nossas vidas estão cheias de demandas – nossos trabalhos, nossas famílias – e nós desperdiçamos a maior parte do nosso precioso tempo e energia apenas tentando manter-nos onde estamos.

“A fim de libertar sua própria originalidade, você precisa estar disposto a parar de fazer apenas o que é requisitado ou esperado que você faça e começar a fazer coisas que só você pode fazer”, afirma Wahl. “Aquelas ideias e projetos que você mantém na estante até que você tenha tempo para elas”. A verdade é que nunca haverá um momento ideal para encará-los. Nunca haverá 100% de garantia de sucesso. Então, comece a executar seus projetos hoje e trabalhe neles dia após dia.

Ultimamente, a real diferença entre você e os líderes criativos que o inspiram é a ação. “Você tem a capacidade inata de desenvolver todas as qualidades que eles possuem”, diz o autor. A chave é começar. Comece hoje. Comece agora. Não espere até que a vida demande algo de você – isso sempre vai acontecer. Mas não é o que bons líderes fazem.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2015/08/5-tracos-dos-lideres-criativos.html

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