Vamos tratar do futuro?

As pessoas, a gestão e o futuro

Jorge Hoelzel, da Mercur; José Mario Caprioli, da Azul; e Márcio Fernandes, da Elektro, durante conversa no VOCÊ RH Meeting 2015

Jorge Hoelzel, da Mercur; José Mario Caprioli, da Azul; e Márcio Fernandes, da Elektro, durante conversa no VOCÊ RH Meeting 2015: histórias de quem mudou o negócio da VOCÊ RH
 
São Paulo - Ninguém melhor para pensar o futuro do trabalho do que os principais executivos de recursos humanos do Brasil. Foi com esse propósito que a revista VOCÊ RH­ realizou a nona edição do VOCÊ RH Meeting, o principal evento na área de gestão de pessoas do país.

Entre 6 e 8 de maio, em Campos do Jordão, cerca de 40 profissionais de grandes empresas puderam refletir sobre os desafios socioeconômicos para os próximos anos, as mudanças na relação entre empresas e empregados e o papel da área de RH para o amanhã.

Coube ao economista Ricardo Sennes, sócio da Prospectiva, explicar os fatores que mais afetam a produtividade do trabalhador e o que os empresários podem fazer para melhorar os indicadores. Segundo ele, apesar da evolução da classe C nos últimos anos, impulsionada pelo incremento de renda do trabalhador, a qualidade dos serviços básicos, sobretudo daqueles oferecidos pelo Estado, ainda é baixa — e isso prejudica a produção.

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“A sociedade está demandando mais do que o governo consegue prover, especialmente nas áreas de moradia, saúde e educação”, disse, avaliando que essa pode ser uma das causas para explicar as manifestações ocorridas nas ruas nos últimos anos.

Otimista, Sennes acredita em um crescimento médio de 2% ao ano da economia brasileira. Contudo, o déficit de profissionais qualificados continuará sendo um entrave para o desenvolvimento dos negócios. Para ele, o governo brasileiro deveria ter uma política de curto prazo favorável à imigração de pessoas especializadas — “isso seria uma estratégia de competitividade”. Já na agenda dos executivos deveriam estar mais iniciativas ligadas à educação — “por uma questão de sobrevivência”.

Com uma visão mais pessimista, James Wright, professor de previsão e estratégia na Universidade de São Paulo (USP), estima que em 2050 outras nações emergentes poderão ser mais prósperas do que o Brasil, principalmente se o país mantiver a produtividade na casa do 1% — “igual à de países que já se estabilizaram”, disse o também coordenador do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da USP, em sua palestra sobre o cenário do futuro e seu impacto nas relações de trabalho.

“Para o profissional, o desafio nos próximos anos será gerar a mesma renda que recebe hoje, porém produzindo o dobro.” Já para as companhias, a missão será desenvolver pessoas que contribuam com sua inovação, como aquelas formadas nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Na manhã do segundo dia de evento, os participantes do VOCÊ RH Meeting construíram juntos situações que devem impactar a gestão de pessoas no futuro. O exercício foi feito durante um workshop conduzido por Anderson Pena e André Coutinho, sócios da consultoria de gestão Symnetics.

Considerando o envelhecimento populacional mundial, os executivos imaginaram, por exemplo, como seria a vida de um profissional começando sua terceira carreira aos 60 anos de idade. E, com uma mão de obra espalhada geograficamente e empregada com novos modelos de contrato de trabalho, idealizaram também como seriam as relações da empresa com o sindicato ou qual seria o melhor modelo para avaliação de desempenho.

À tarde, os executivos de recursos humanos ouviram três histórias de coragem, contadas por presidentes que mudaram a gestão de sua empresa pensando no futuro — e tiveram depois a oportunidade de sabatiná-los.

Jorge Hoelzel, principal executivo da Mercur, que fabrica de borrachas escolares a bolsas de água quente, contou como a família, ainda à frente do negócio, decidiu transformar a companhia pensando no impacto negativo que sua forma de atuar causava à sociedade. Tudo começou quando os familiares ouviram a seguinte provocação: se a empresa desaparecesse hoje, quem sentiria sua falta?

Com base nisso, disse Hoelzel, a Mercur passou a atuar “em razão das pessoas, e não mais das coisas”. Hoje, a fabricante da famosa borracha bicolor com o deus Mercúrio estampado não tem mais meta de crescimento nem de receita; destituiu os líderes de seus cargos e caminha para igualar o salário de todos os empregados.

Já o presidente executivo da holding Azul Linhas Aéreas, José Mario Caprioli, revelou como idealizou e lançou a Trip Linhas Aéreas, em 1998, quando tinha apenas 25 anos de idade, e como foi o processo de desligamento de sua criação após a fusão com a Azul, em maio de 2012. Hoje, a empresa nascida da fusão das duas companhias possui 150 aviões e detém 17% dos assentos comercializados e 24% do dinheiro que circula no setor de aviação. “O mais importante para um líder é ter coragem”, disse Caprioli.

Márcio Fernandes, presidente da Elektro, conquistou adeptos e inimigos a sua filosofia de gestão ao falar das vantagens de tratar os empregados realmente como pessoas — mesmo que isso signifique dar um feedback mais duro sobre carreira ou produtividade. “Se você sempre trabalhou para ter, por que não trabalhar para ser?” Com seu jeito eloquente de apresentador de TV, Fernandes defende: “As pessoas estão à frente dos negócios, e não os negócios estão à frente das pessoas”.

Na última programação da quinta-feira, os executivos participaram de uma atividade inspirada no programa de TV Master Chef: divididos em equipes, tiveram 1 hora para cozinhar um suflê de chocolate com calda de frutas vermelhas. A competição foi acirrada e animou a última noite do evento.

A jornalista e escritora Eliane Brum foi a responsável por encerrar o VOCÊ RH Meeting 2015. Com um texto sensível e emocionante, ela lembrou todos os gestores que as pessoas são, na verdade, remontagens de seus estilhaços. “Elas foram quebradas no decorrer da vida, após derrotas sofridas e amigos e familiares perdidos.” No fim, cabe ao RH gerir esses pedaços humanos que se esforçam para ser a melhor versão de si.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-rh/edicoes/38/noticias/as-pessoas-a-gestao-e-o-futuro

Às vezes, o sucesso está na atitude do empreendedor e sua equipe

O que mais tenho escutado ultimamente são discursos enfáticos sobre o quanto o momento político e econômico que o Brasil está enfrentando torna difícil a vida de todos nós. Não vou gastar tinta e ocupar esse espaço escrevendo sobre coisas que já estamos exaustos de escutar, de ler, de falar. A pergunta útil é: ok, o negócio está feio, mas tem solução? Como ter sucesso em tempos bicudos?
Na minha modesta visão, só existe um caminho a seguir: é preciso ser mais competente do que os demais competidores. Com raras exceções, as empresas e suas marcas não possuem uma participação de mercado dominante a tal ponto de já não terem como crescer, a não ser que o mercado continue crescendo. Via de regra, a participação está por volta de 5% a 10% (em casos fora da curva, pode chegar a 30%, quem sabe 40%).
Isso significa que, mesmo em períodos de recessão, ainda existe muito espaço para agregar novos clientes, novas vendas. Essa é uma verdade que se expande quando consideramos que concorrentes hoje não são apenas as outras marcas que oferecem os mesmos produtos e serviços, e sim tudo e todos que disputam o bolso das pessoas.
Quando uma empresa se deixa contaminar pelos fatos negativos, pelas notícias ruins, vai gradativamente perdendo seu ânimo, e aí a coisa fica mesmo complicada. Ânimo é uma condição do espírito, da alma; excesso de determinação diante de uma situação adversa é a ação de manifestar sua própria vontade, seu intento. Uma empresa sem ânimo é uma empresa que perdeu sua força, sua coragem. Uma equipe sem ânimo torna-se triste, medrosa, perde a crença em si e na empresa, perde a fé naquilo que faz.
Se existe uma situação que leva ao desastre, é quando uma empresa se encolhe por falta de crença na sua capacidade e no seu negócio.
Ao nos vermos diante de um momento de dificuldade, não devemos ignorar seus efeitos. Na verdade, é lúcido e necessário avaliar o ambiente, identificar riscos e fragilidades, mas apenas para poder desenhar um plano com o intuito de aumentar a capacidade competitiva da empresa. De um lado, aliviar o orçamento de tudo aquilo que representa peso morto, aquelas práticas e custos que pouco ou nada agregam; de outro lado, investir mais agressivamente no que está diretamente relacionado a conquistar mercado, adicionar novos clientes, expandir possibilidades.
O nome do jogo é foco total, a estratégia é reunir recursos e energia para ter mais apetite e vontade do que o concorrente. Não deixar que a equipe se intimide, se apequene, perca a gana de ocupar mais território. Ainda não conheci nenhuma empresa bem-sucedida cujo lema seja: “Cuidado, a coisa está preta!”. De minha parte, prefiro a divisa do Bope:
“Vá e vença!”
Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/sucesso-tempos-dificeis/

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