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Maioria dos profissionais não sabe lidar com aspectos comportamentais

Estudo diz que eles têm conhecimento, mas não sabem lidar com diferenças.
Pesquisa identificou os perfis de profissionais mais comuns entre os brasileiros.

A Sala de Emprego desta segunda-feira (25) fala sobre como é difícil lidar com os diferentes colegas no ambiente de trabalho. Poderia ser bem mais fácil se os profissionais aprendessem ainda na faculdade a desenvolver a inteligência emocional. Os especialistas dizem que a base teórica está certa, mas quando se fala de comportamento tem muita coisa para mudar nas empresas.
  
A Serasa Experian, por exemplo, criou um programa de integração para quem está começando. O profissional leva um tempo para aprender o que é prioridade dentro da empresa, como tratar o vizinho de mesa e até o chefe. Nada difícil para quem já está no mercado. Complicado mesmo é para quem acabou de sair da faculdade. 

“Uma certa preocupação com quem ele tem que falar, como se reportar às pessoas, então é de fato uma preocupação grande poder integrá-los a um ambiente que é muito mais informal, que as relações precisam ser mais rápidas, fluidas e, às vezes, há um certo choque. É interessante porque isso parece uma contradição. A empresa pedindo mais informalidade do que o próprio jovem oferece”, explica Guilherme Cavalieri, diretor de desenvolvimento da Serasa Experian

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) e a Deloitte decidiram investigar o ambiente das empresas e perguntou a 172 líderes como anda a integração dos funcionários. O resultado mostra que 65% disseram que todo profissional precisa ter uma visão geral das áreas da empresa para que o trabalho em equipe dê certo, mas isso não tem acontecido nas grandes corporações. A pesquisa também apontou que para 37% dos entrevistados a faculdade passa apenas o conhecimento técnico, deixando de lado os aspectos comportamentais.

“Esse é um processo contínuo que nasce desde o berço, mas nós entendemos que a universidade pode também trabalhar na melhoria das qualidades de relacionamento do ser humano”, afirma Roberto Fragoso, vice-presidente da Anefac.

“Pessoas que não conseguem desenvolver a sua inteligência emocional dificilmente conseguem ter sucesso na sua carreira profissional. Nós vamos ter que, a nossa vida inteira, adquirir novos conhecimentos e desenvolver essas habilidades, porque isso faz parte da realidade dos negócios”, analisa Marcos Nraga, diretor da Deloitte.

Perfis diferentes
 
Um teste feito com 30 mil pessoas identificou os quatro perfis de profissionais mais comuns entre os brasileiros. Quase metade deles faz parte do grupo dos conectados. O objetivo da metodologia é focar nos pontos positivos e conseguir ser melhor.

Fenando Seacero é psicólogo, trabalhou oito anos com recursos humanos e agora dá consultoria corporativa. Ele fez a pesquisa com os profissionais usando cartas. Cada uma delas contém uma frase, como por exemplo, “gosto de criar e manter relacionamentos harmoniosos” ou “gosto de trabalhar em grupo”.

A pessoa faz a escolha das cartas e Fernando monta o perfil: “Não é uma metodologia para avaliar ou qualificar. É uma metodologia para você conseguir ser melhor naquilo que faz”.
Com essa avaliação ele conseguiu chegar a quatro grupos diferentes de profissionais na hora de trabalhar em equipe:

Conectados: O poder deles está em conseguir levar harmonia às equipes, mas erram em achar que são culpados quando há problemas no paraíso.

Realizadores: Eles têm o poder de fazer os projetos andar e simplificam o caminho. O erro deles é passar por cima do que estiver na frente.

Detalhistas: Planejam tudo diretinho, mas falham quando se deixam perder no exagero dos detalhes.

Observadores: Eles têm um verdadeiro banco de dados na memória, costumam captar e guardar fácil as informações, mas se esquecem deles mesmos e do projeto quando se preocupam demais com os outros.

“O ideal é você ter a representação desses quatro perfis dentro de uma organização, para que ela seja realmente potente e atinja seus objetivos, porque cada um é mestre em uma coisa, cada um é muito bom, ou em planejamento ou em harmonização de equipe, ou em comunicação ou em fazer as coisas acontecerem. Então quando você tem todas essas competências juntas, você consegue qualquer resultado”, explica Fernando.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/05/maioria-dos-profissionais-nao-sabe-lidar-com-aspectos-comportamentais.html

Comportamento dos funcionários influencia no ambiente de trabalho

Empregadores têm investido em treinamentos para melhorar a convivência.
Outras empresas investem em ambientes de lazer.
 

A Sala de Emprego desta segunda-feira (1º) fala sobre o comportamento dos funcionários nas empresas e como ele influencia o ambiente de trabalho. 

Essa é uma preocupação dos empregadores, que têm investido cada vez mais em treinamentos para melhorar a convivência entre os empregados. Muitas empresas se queixam de que os novos talentos chegam com bom conteúdo aprendido na faculdade, mas não têm noção de como se relacionar profissionalmente.


Em um treinamento no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a professora ensina brincando como se comportar no empego. Em um dos exercícios, a lição é que se todo mundo fala ao mesmo tempo, ninguém se entende. Isso costuma acontecer em um ambiente de trabalho quando os colegas não se respeitam.

“Saber se comunicar, saber trabalhar em grupo pode ser fácil na escola, que você troca de grupo se não gosta da pessoa. Na empresa não tem essa, você tem que saber lidar com as diferenças, isso é muito importante”, afirma Idamar Carpinelli, orientadora educacional.

Em outro exercício, o aluno escreve a principal qualidade dele, depois amassa e faz uma bola com o papel. Eles formam uma roda e brincam de atirar o papel um no outro e assim trocam as qualidades sem saber a quem pertencem. O objetivo é tentar adivinhar o dono da qualidade.

Um dos funcionários, o jovem aprendiz Gerson Paulino, foi o único que se intitulou bem-humorado: “Problema todo mundo tem, independentemente de ser no trabalho ou em casa. É tão gratificante você ter um sorriso e passar isso pras pessoas”.

Outra jovem aprendiz, Paula Larissa de Oliveira, diz que é determinada e aprendeu que o trabalho não é uma extensão da casa dela: “No trabalho, a gente tem que engolir, respirar e seguir em frente. Cada um correndo atrás do seu objetivo, então a gente tem que lidar bem para ter um convívio, para eu mesma me sentir confortável, para não ficar num ambiente ruim de serviço”.

Algumas empresas preferem elas mesmas dar cursos para os recém contratados. Assim, ficam por dentro da política da empresa. Trabalhar é se relacionar e isso exige um comportamento que não desagrade os outros. "As pessoas que chegam mal-humoradas, sem boa vontade. Ás vezes, até a gente entende que tá com problema, mas acaba contaminando, contagiando o outro", opina Natiele Dias, assistente de marketing.

"Existem alguns tipos de comportamento que um vê o outro fazendo e vai fazer também. Insistir em usar o celular, ficar com brincadeiras ou conversas entre os colaboradores", diz Xênia Pinheiro, diretora de desenvolvimento humano.

Xênia treina os funcionários de uma rede de supermercados. Para a maioria, este é o primeiro emprego e eles precisam aprender regras básicas de comportamento: “A gente precisa realmente ter o tom de voz correto para falar. Na verdade, a gente tem que ter sempre atenção, olhar no olho do cliente".

Quem sai da linha é chamado para conversar com o chefe e só é punido com advertência e suspensão se insistir no mau comportamento. "As funcionárias desta loja também recebem treinamento, mas não só sobre a boa conduta com os colegas e clientes. Aprendem a mudar comportamento, emoções, o jeito de pensar e agir. E isso se reflete no desempenho no trabalho", explica Xênia.

“A partir do momento que mudo a minha forma de pensar, meus comportamentos inconscientes, eu passo a me comportar de uma maneira diferenciada em todos os âmbitos que eu estou”, afirma Robério Cavalcante, head trainer.

"Nós contratávamos profissionais muito bons na área, que já vinham prontos profissionalmente, mas quando chegava na empresa tinha algum problema emocional, de controle emocional", explica Márcia Daiane Forte, coordenadora de vendas.

A gerente Ariadine Lima, por exemplo, aprendeu a dominar a ansiedade de vender e a deixar as clientes mais tranquilas para escolher o que querem: “Com o treinamento que eu venho fazendo, fiquei mais tranquila em relação à tomar decisão, atitude, comportamento". 

Como gerente, Ariadine exige isso de toda a equipe e o resultado aparece na satisfação das clientes. “É um atendimento espontâneo, é uma sinceridade que eles têm. Eles não ficam forçando você a comprar e no dia de coleção a gente fica disputando”, conta a cliente Maria Socorro Barbosa.

Trabalho e diversão
 
Tem ainda empresas que apostam em espaços comuns para a interação dos funcionários. Eduardo Mendonça é gerente de produtos e lidera uma equipe com mais de 40 pessoas. É uma rotina puxada e para não estressar ele arrumou um tempinho para relaxar. O melhor é que nem precisa sair da empresa, que tem mesa de sinuca e vídeo game. Se quiser descansar tem puffs para deitar. “Essa saída te revigora para que você volte mais focado e mais concentrado”, diz.

Foi exatamente isso que a empresa notou. “A gente percebe que os números da empresa melhoraram a partir do momento que a gente começou a aderir esse processo. A produtividade e os números da empresa em 2015 foram melhores que em 2014. O depoimento que nós temos, de todos os colaboradores que participam, é que quando estão ali, eles esquecem do problema, conseguem distrair e de fato eles relaxam a mente para depois voltar para o ambiente de trabalho”, explica a coordenadora de RH, Janaina Moreira.

Em uma fábrica em Aparecida de Goiânia, na hora do almoço tem sempre fila no refeitório, mas todo mundo almoça bem ligeiro para dar tempo de se divertir com a sinuca, pebolim, dominó, videogame e pingue pongue. A empresa tem 1200 funcionários, vários setores e teve gente que se conheceu justamente por causa da área de lazer.

É um espaço democrático, onde brinca o supervisor e também a funcionária dele. "De um jeito ou de outro, você volta mais motivado porque você brinca, se diverte e isso te ajuda no teu local de trabalho, você volta mais motivado, mais focado no que você faz", afirma Orneide Costa dos Santos, supervisor industrial.

Quem está cansado prefere mesmo usar o “durmódromo”. No horário do almoço, cada um faz o que quiser em outra empresa: tem uma turma que prefere jogar, aqueles que vão dormir e, claro, como em qualquer outro lugar, tem sempre o pessoal ligado na internet.

Fonte:  http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/02/comportamento-dos-funcionarios-influencia-no-ambiente-de-trabalho.html