Emprego na crise: veja cargos e áreas em alta e baixa - Parte I

G1 fez levantamento com 05 empresas de gestão de carreira e seleção.

Quem busca de trabalho ou pensa em mudar de emprego deve ficar atento.

Áreas em alta e áreas em baixa (Foto: Editoria de arte/G1)

Em meio ao cenário econômico recessivo, com diminuição do ritmo da produção e do consumo e aumento do desemprego no país, quem está em busca de trabalho ou pensa em mudar de emprego deve ficar atento. Algumas ocupações acabaram sendo mais afetadas que as outras em virtude da desaceleração econômica, como as relacionadas à área de turismo, marketing e imobiliária.

Já as atividades que envolvem atividades que trazem cortes de custos para as empresas ou análise de investimentos, aquisições e orçamentos, além de desenvolvimento de aplicativos e desenvolvimento de segurança da informação, por exemplo, estão em alta.

O G1 fez um levantamento com 10 empresas de gestão de carreira e seleção, que informaram cada uma até 5 cargos em alta e 5 em baixa atualmente. As consultorias consultadas foram a Gi Group, a Gouvêa de Souza, o Grupo Hays, a Michael Page, a Randstad, a RED, a Robert Half, a Stato, a Talenses e a Trabalhando.com.

Gi Group (Foto: G1)

ALTA
 
Assistente comercial
Atendente e auxiliar de lojas/ consultor de vendas
Operador de produção
Operador logístico
Teleoperador home based (base em casa)

Motivo: Grandes projetos de empresas que foram implementados em Recife, Salvador e Belo Horizonte e que buscam profissionais para as áreas em questão.

BAIXA
 
Auxiliar e agente de atendimento
Caixa e operador de caixa
Gerente de loja
Vendedor
Técnico de manutenção

Motivo: mercado de varejo está desaquecido. Pela primeira vez neste ano, a empresa não recebeu demanda de contratações em datas importantes para o comércio, como o Dia das Mães, Namorados, saldões de Julho e férias, o que é uma situação atípica.


Gouvea de Souza (Foto: G1)

ALTA
 
Médico geriatra: com o envelhecimento da população, baixa taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida da população, aumentou a procura dessa especialização.

Especialista em riscos: com economia “encolhida”, as empresas estão mais atentas às análises de eventuais riscos aos negócios.

Advogado tributarista: ajuda as empresas a encontrarem alternativas menos onerosas para estar em dia com suas obrigações.

Especialista em big data: ajuda na definição da estratégia corporativa, uma vez que captura dados sobre o comportamento do consumidor.

Gerente industrial: atuação está ligada à operação da linha de fábrica e definição do tamanho da equipe e deve procurar diminuir os custos em época de baixa demanda produtiva.
                                    
BAIXA
 
Desenvolvedor de páginas web (criador de sites): está perdendo espaço para profissionais com conhecimentos de aplicativos para smartphones e tablets.

Analista de mídia social: está havendo uma oferta grande desses profissionais, e o mercado não está conseguindo absorvê-los.

Agente de turismo: com a criação dos sites de comparação de preços e ofertas de viagem, diminuiu a necessidade de contato com o profissional.

Corretor de imóveis: o mercado está saturado desse profissional, pois acaba sendo uma tendência natural em época de desemprego, além da baixa procura por imóveis.

Analista de investimentos: queda de investimentos na economia como um todo.


Grupo Hays (Foto: G1)

ALTA
 
Engenharia - saúde, segurança e meio ambiente: demandas estão atreladas às crises de energia e hídrica. Cada vez mais é necessário um melhor aproveitamento dos recursos, além de seu correto tratamento.

Contabilidade & fiscal, tesouraria, compliance, auditoria interna com foco em fraude e controles internos: empresas multinacionais e nacionais, com operações fora da Brasil, procuram profissionais para realizarem o reporte para o exterior, receber e preparar material em inglês/espanhol, e gestão de fluxo de caixa.

Key account manager, planejamento comercial e inteligência de mercado: grande investimento das empresas para maximizar os resultados de maneira otimizada e maior dedicação ao planejamento, estratégia comercial, na qualidade e em negociações de longo prazo.

Planejamento de demanda/ S&OP (planejamento de vendas e operações): com o cenário econômico desfavorável nacional, o profissional de planejamento de demanda e S&OP é bastante requisitado por ser o responsável pela conexão entre as áreas de vendas, logística e industrial, definindo os targets de entrega produtiva a partir da demanda comercial.

Desenvolvedor de software: o profissional é buscado para realizar a migração e a unificação de base de dados e também para desenvolvimento front-end, buscando entender a necessidade do usuário final.

BAIXA
 
Gerente de engenharia para novos projetos: o cenário de incertezas do ponto de vista político e econômico estejam colaborando para que os projetos estejam em espera.

Finanças - planejamento financeiro e estratégico: com o foco em controle financeiro, talvez este seja um momento em que as empresas estão olhando mais para “dentro” e menos para mercado. Controlando mais suas estruturas de custos para garantir que o resultado de curto prazo seja satisfatório.

Posições comerciais e marketing no mercado de construção civil, óleo e gás: mercado está mais retraído, com reflexos da economia nacional e restrição da política de crédito e escândalos políticos.

Logística fabril interna (abastecimento de linhas produtivas): pelas oportunidades de ganhos na cadeia de distribuição, muitas vezes as empresas deixam para um segundo momento a otimização da logística interna fabril, além de ser uma área com baixa rotatividade.

Profissional de comércio exterior: pela variação cambial, as empresas estão evitando contratar por inconstância do câmbio, acarretando em altos custos para as empresas importadoras.

Michael Page (Foto: G1)

ALTA
 
Business intelligence manager: gerencia e estrutura atividades de inteligência de mercado, envolvendo análise de dados sobre concorrência, consumidores, tendências e cenários para definir políticas e processos na busca por crescimento e inovação.
 
Motivo: empresas querem gerar mais valor para marca e para o produto, portanto buscam esse profissional para auxiliar com informações estratégicas do mercado.

Gerente tributário/fiscal: responsável por classificação contábil, apuração tributária, cálculo de impostos, criação de calendário fiscal e planilhas de controle. Acompanhamento da legislação dos impostos diretos e indiretos, assegurando o cumprimento das obrigações acessórias.
 
Motivo: com o mercado em queda, aumentou a busca por profissionais com experiência sólida em planejamento tributário para trazer ganhos para a companhia.

Gerente de tesouraria: analisa informações sobre o cenário econômico-financeiro da empresa na definição de planos de ação para alcançar seus objetivos. Acompanha o processo de captação de recursos de capital para garantir a estratégia de rentabilidade e crescimento.
 
Motivo: aumentou a demanda por profissionais de tesouraria com experiência em reestruturação de dívida, bom relacionamento bancário e capacidade de estruturar operações financeiras de captação alternativas e menos custosos.

Gerente de controladoria: planeja as atividades de controladoria e finanças da empresa, observando princípios legais, políticas e diretrizes adotadas, para definir formas de controle orçamentário, contábil e financeiro adequadas à estratégia dos negócios.
 
Motivo: controle de custos está no topo da lista de prioridades das empresas atualmente e por isso esse profissional é um dos mais solicitados, principalmente por companhias da indústria e serviços que tenham que se adaptar ao cenário econômico atual.

Gerente de desenvolvimento de negócios: desenvolve contas estratégicas, estuda sobre o potencial de expansão e identifica oportunidades de novos negócios. Acompanha resultados financeiros e contratos e analisa indicadores de performance de vendas.
 
Motivo: empresas buscam profissionais com forte atuação em prospecção de negócios e clientes.

BAIXA
 
Trade marketing: elabora estratégias e ações para desenvolvimento de consumidores finais, participa na definição de campanhas de incentivo de vendas, merchandising e brindes. Controla orçamento, planeja negociação com varejistas e identifica tendências de mercado para aprimorar os negócios.
 
Motivo: como o mercado em 2015 não está muito favorável, muitas empresas criaram sinergias, unindo merchandising, vendas e marketing.

Engenheiro de vedas, vendedor técnico e key account manager: desenvolve e apresenta soluções de produtos e serviços, de acordo com a necessidade do cliente e avaliação do mercado e identifica novas oportunidades de negócio. Elabora proposta comerciais e realiza atendimento na pós-venda.
 
Motivo: a indústria é o setor mais impactado pela crise. E com menos consumidores para comprar, o número de posições caiu em comparação a 2014.

Gerente de expansão: elabora o plano comercial, desenvolve contas estratégicas, estuda sobre o potencial de expansão e identifica oportunidades de novos. Acompanha resultados financeiros e analisa indicadores de performance de vendas.
 
Motivo: para as empresas não é momento investir em expansão, e sim na consolidação e rentabilidade da operação.

Gerente de projetos, infraestrutura, gestor de ativos e gerente de engenharias: gerenciam projetos, planejam execução e acompanham o progresso das rotinas, para cumprir metas. Identifica os riscos para estudar formas de mitigar impactos e corrigir ações.
 
Motivo: são posições voltadas ao investimento e como há pouco capital para investir, elas perderam espaço.


Randstad (Foto: G1)

ALTA
 
Gerente de controladoria: responsável pelo planejamento, coordenação, direção e controle das atividades nas áreas de planejamento, controladoria e finanças. A atividade desse profissional norteia a redução de custos e ganho de escala nas operações.

Gerente de riscos: está envolvido nos processos financeiros, processos de comercialização e vendas (geração de receita), que são responsáveis pelo coração de qualquer negócio.

Compliance: Com as novas exigências de maior controle e transparência no mundo corporativo, as empresas necessitam se adequar a esta realidade demandada pelo Governo.

Motivos: Em um cenário de crise, a dinâmica principal é ganho de escala, redução de custos e melhoria na produtividade. Além disso, todas as empresas estão buscando máxima adequação nas novas legislações, regulamentações, devido ao cenário político que atravessamos.

BAIXA
 
Engenheiro de vendas: desenvolve e apresenta soluções de produtos e/ou serviços, realiza ou acompanha a aplicação deste produto, prospecta novos negócios e elabora propostas.
 
Motivo: com o cenário de baixo investimento e poucas oportunidades de negócios, o investimento nesse profissional não é estratégico, já que ele pode não fazer rendas e ainda aumentar o custo do negócio.

Analista de treinamento e desenvolvimento: responsável por desenvolver técnicas e treinamentos com trabalhos de planos de desenvolvimento individuais, baseado por gestão de competências
 
Motivo: treinamento e desenvolvimento são ótimas ferramentas de retenção e motivação de profissionais que buscam crescimento. Entretanto, gera um custo, que neste momento está sendo evitado pelas empresas.

Gerente de projetos: profissional que é responsável pelo planejamento, controle da execução em diversos setores/áreas de negócios.
 
Motivo: com o congelamento de novos projetos por causa do cenário econômico desfavorável, os que ocupam este posto hoje, ao finalizar um projeto são realocados em outro, não gerando abertura para entrada de novos profissionais.

Gerente de marketing: responsável por desenvolver estratégias de marketing, definir o posicionamento nos canais de comunicação específicos, avaliar as tendências de mercado para desenvolver campanhas com foco na rentabilidade do negócio.
 
Motivo: o marketing gera resultados importantes, mas a médio e longo prazo. Em um cenário
econômico desfavorável, prevalece a necessidade de resultados imediatos.


Fonte:http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2015/07/emprego-na-crise-veja-cargos-e-areas-em-alta-e-baixa.html






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