Não basta falar bem o inglês, tem que provar. A exigência de um
certificado de proficiência na língua é feita para interessados em
estudar em colégios ou universidades no exterior e para candidatos que
concorrem a vagas em algumas empresas brasileiras e internacionais que
utilizam o idioma no dia-a-dia. Outros profissionais fazem os exames
apenas para incrementar o currículo. Os mais conhecidos são os testes do
Reino Unido (Universidade de Cambridge e Ielts - International English
Language Testing System) e dos Estados Unidos (Toefl - Test of English
as a Foreign Language e Universidade de Michigan).
-
Os diplomas de cursos convencionais de inglês no Brasil não valem para
quem quer fazer um mestrado ou doutorado lá fora. É necessário um
certificado reconhecido internacionalmente - explica Rosane Di Genova,
gerente nacional de exames do British Council, responsável pelo Ielts.
Cada teste tem sua própria metodologia e diferentes pontuações. É
importante verificar as datas disponíveis para fazer as provas. O Ielts e
o Toefl têm o ano todo, mas os exames de Cambridge e Michigan são
aplicados apenas duas vezes por ano. A dúvida de muitos estudantes e
profissionais é sobre o mais indicado para cada perfil e por onde
começar.
Segundo especialistas, a maioria dos certificados é aceita no
mundo inteiro, mas algumas universidades têm restrições.
- Não adianta sair fazendo todos os testes para garantir uma vaga. É
jogar tempo e dinheiro fora. O primeiro passo é procurar as instituições
de ensino de interesse e se informar sobre os certificados e as notas
mínimas exigidas para a matrícula - avisa Daniela Meyer, superintendente
acadêmica do Ibeu, que aplica as provas do Toefl e do Michigan.
- É apenas uma tendência. Não quer dizer que uma faculdade americana recuse um certificado britânico e vice-versa - acrescenta.
Universidades pedem diferentes notas para aceitar alunos
Rosane destaca que as faculdades se preocupam em selecionar alunos que têm mais chance de acompanhar bem os cursos.
- Não adianta saber um inglês básico e querer se formar com sucesso
num mestrado. Por isso, a nota mínima exigida no Ielts, por exemplo,
costuma variar entre 5,5 e 7 (a pontuação vai de 0 a 9) - adianta a
gerente.
A escala do Toefl varia entre 0 e 670, dependendo do tipo de prova.
Já os exames de Cambridge e Michigan não apresentam notas e sim níveis
de inglês que aprovam ou reprovam os participantes.
- Geralmente, as universidades aceitam os testes Ielts e Toefl feitos
há dois anos. Outras dão um pouco mais de tempo. Os outros são
certificados válidos para a vida toda - explica Rosane.
Existem ainda outros tipos de testes, mais específicos. De acordo com
a gerente, alguns cursos, principalmente na área médica, pedem
certificados direcionados à área. Também é o caso dos professores de
inglês que vão dar aula lá fora.
- É importante destacar que a pronúncia dos participantes dos exames
não influencia na nota. Um teste britânico não vai tirar pontos de um
candidato que fala com sotaque americano - garante a superintendente do
Ibeu.
Fonte:http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/especialistas-explicam-as-diferencas-vantagens-de-exames-de-proficiencia-em-ingles-4566898
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